As avós da Praça de Maio anunciaram a descoberta de mais uma pessoa que cresceu longe de sua família porque, quando criança foi separada de seus pais por agentes da última ditadura militar do país (entre 1976 e 1983). Trata-se de uma mulher de 36 anos, Ana Libertad, uma argentina que vive na Europa. Sua avó materna é uma das fundadoras e a primeira presidente da Associação das Avós da Praça de Maio, Alicia Zubasnabar de la Cuadra, que morreu em 2008 sem ter encontrado sua descendente.

O pai de Libertad foi assassinado e seu corpo foi encontrado. A mãe, no entanto, é uma desaparecida -ou seja, não se sabe o paradeiro que a ditadura deu a ela. Ana Libertad é a 115 pessoa identificada como filha de militantes de esquerda que foram assassinados pela ditadura militar argentina. O de número 114 foi Ignacio Hurban, que é neto da atual presidente Estela de Carlotto, a principal militante das avós da praça de Maio.

Hurban, cujo nome pela família de sangue seria Guido Carlotto, pediu para ser conhecido com o nome que recebeu de seus pais adotivos. Essa sua identidade foi vazada à imprensa por uma juíza. No Twitter, ele pediu para que se tenha “responsabilidade” com as informações da neta recém-descoberta.