SÃO PAULO, SP – Horas após o governador Geraldo Alckmin (PSDB) exaltar na propaganda eleitoral da TV as medidas de seu governo para o combate à violência, o candidato do PT ao Palácio dos Bandeirantes, Alexandre Padilha, usou seu espaço para apontar a falta de controle do crime organizado e apresentar suas propostas para o setor.
Tanto o tucano quanto o petista chegaram a apresentar como medidas a utilização de câmeras de monitoramento e alarmes para diminuir os índices de criminalidade assim como é feito em Nova YorK.
A iniciativa inspirou um programa do governo paulista chamado Detecta, anunciado em abril, mas que não foi totalmente implementado. A medida é considerada a principal bandeira de Alckmin para o setor. Em abril, o petista visitou Nova York e agora promete instalar o mesmo sistema.
No filme, a campanha petista afirmou que “os bandidos usam celular e comandam crimes dentro das prisões”. Se o governo do PSDB não consegue controlar os bandidos que estão presos, imagina os que estão soltos”, afirma um locutor.
Além de exibir depoimentos de moradores paulistas criticando a violência, Padilha aparece ao longo dos mais de quatro minutos revezando críticas ao governo de São Paulo e propostas.
“A apuração desses crimes ao invés de aumentar, diminuiu drasticamente. São os piores índices dos últimos 20 anos. São milhares de vitimas nos últimos 20 anos”, diz o candidato. “Só nas vésperas das eleições anunciam providências”, completou.
Ele destacou ainda sua principal medida para segurança que prevê a criação de uma Força Paulista de Segurança, com integração das forças policiais e bancos de dados. “Os bandidos estarão sob os olhos e a repressão da polícia. Esse é o modelo comprovadamente eficaz”.
Na propaganda exibida no início da tarde, a propaganda de Alckmin teve como foco a segurança pública. O filme fez crítica ao governo federal e apresentou o tucano como político “linha-dura”.
A propaganda ressalta que o governo paulista investe “quase três vezes mais” o que o governo federal aplica em todo o país e que a legislação atual em relação à internação de menores infratores é “frouxa”. Por lei, a responsabilidade principal pela segurança pública cabe aos governos estaduais.
“Nos dias de hoje, os menores, quando não são os autores, são usados por adultos para cometerem os mais variados crimes. Não podemos mais aceitar que nossas polícias prendam e a lei atual, que é frouxa, solte. É preciso acabar com a impunidade”, afirma o tucano.
A peça mostra imagens do governador em Brasília, para onde viajou no início deste mês para pedir celeridade em projeto de lei que aumenta penas para menores que cometerem crimes hediondos. A proposta foi apresentada pela bancada tucana na Câmara dos Deputados e, portanto, sua tramitação ocorre no Congresso Nacional, fora da alçada do governo paulista.