Uma ação do Ministério Público do Trabalho resultou na condenação da BRF, detentora das marcas Sadia e Perdigão. A empresa terá de pagar indenização no valor de R$ 1 milhão por conta das péssimas condições de trabalho em atividades de reflorestamento promovidas na Fazenda Jaraguá, em Iporã. Os trabalhadores, inclusive, estariam vivendo em condições análogas à escravidão.

Na investigação, o MPT constatou graves irregulariudades, que iam desde jornada excessiva e condições precárias dos alojamentos, até a contaminação da água fornecida aos trabalhadores para consumo.

A BRF, por sua vez, se defendeu alegando que as as atividades de reflorestamento eram feitas por empresa terceirizada, o que afastaria sua responsabilidade. A Justiça do Trabalho, contudo, entendeu que a empresa deveria ser condenada porque também é responsável pela garantia de um meio ambiente de trabalho saudável.

Agora, além de pagar R$ 1 milhão em indenização – valor que será estinado à compra de veículos e equipamentos ao Ministério do Trabalho e Emprego -, a empresa terá de cumprir diversas obrigações quanto à higiene, saúde, segurança e medicina do trabalho, em relação a todos os trabalhadores que, de forma direta ou indireta, prestem-lhe serviços na atividade de reflorestamento.