SÃO PAULO, SP – O papa Francisco, durante a audiência geral realizada nesta quarta-feira (27) na Praça de São Pedro, no Vaticano, disse que um dos pecados mais graves para os cristãos é o das “divisões”.
O papa argentino dedicou a audiência à necessidade de unidade na Igreja e nas comunidades cristãs, fazendo uma chamada em especial contra “intrigas, invejas e ciúmes”.
“A divisão em uma comunidade cristã, em uma paróquia ou em uma associação é um pecado gravíssimo porque é obra do diabo”, declarou o pontífice.
Neste aspecto, papa Francisco explicou que “a Igreja é santa porque está fundada em Jesus Cristo […] Mas, ao mesmo tempo em que é santa, também é formada por pecadores, todos nós, pecadores”.
“Os pecados contra a unidade não são só heresias ou cismas, mas também sentimentos comuns em nossas comunidades: invejas, ciúmes e antipatias. Isto é humano, mas não é cristão”, acrescentou.
“Também estamos divididos agora, temos inclusive feito guerras entre nós por divisões teológicas. Mas isto não é cristão”, assegurou.
O papa declarou ainda que na quinta (28) será fixada nos jardins do Vaticano uma imagem de Nossa Senhora da Caridade do Cobre, padroeira de Cuba, e cumprimentou com afeto os bispos da ilha vindos a Roma para esta ocasião, além de ter expressado sua proximidade e bênção a todos os fiéis cubanos.
CHORO
O papa Francisco chorou em solidariedade aos moradores de uma favela desalojada em Buenos Aires, segundo o próprio afirma em uma mensagem eletrônica.
No e-mail dirigido ao amigo Gustavo Vera, fundador da ONG “La Alameda”, divulgado nesta quarta-feira pela agência católica SIR, Francisco expressa comoção com a desocupação ocorrida há três dias.
“Acabo de ler sua mensagem. Tua frase final conseguiu sintetizar meus sentimentos: ‘Parecia Gaza’. E comecei a chorar. Não entendo nada. Estas pessoas, estas mães com crianças, acaricio com minhas lágrimas”, escreve o papa argentino.
A nova favela surgiu em fevereiro no bairro de Villa Lugano, ao sudeste de Buenos Aires, e havia recebido o nome de “Papa Francisco”. Quase 700 famílias viviam no local em condições precárias.
Oitocentos homens das forças de segurança participaram na operação de retirada.