Mesmo com a escassa opção de livrarias, o curitibano não pode reclamar da falta de lugares onde possa adquirir um livro. Segundo a Junta Comercial do Paraná (Jucepar), a cidade conta com 517 pontos de venda de livro — o que incluem mercados, bancas de revista e sebos, por exemplo. O problema, porém, é que o varejo não consegue vender livros. As livrarias continuam sendo o principal canal de escoamento do mercado editorial, o que é preocupante, porque estamos vendendo livros para o varejo, mas o varejo não está vendendo para o leitor, diz o presidente da ANL.

Mais uma vez, a falta de leitores se faz evidente. Não à toa, a última edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, realizada em 2011 pelo Instituto Pró-Livro, apontou que apenas 28% dos brasileiros gostam de ler no tempo livre, com a leitura sendo apenas a sétima opção da população para os momentos de lazer. Tal deficiência acabou sendo evidenciada pelos resultados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) 2012.
O estado brasileiro com melhor nota em leitura é o Rio Grande do Sul, com 433 pontos. O líder mundial nesta competência é o Japão, que tirou 538 pontos na última edição do Pisa. O Paraná somou apenas 422 pontos, ficando acima da média nacional (410 pontos), mas aparecendo, assim como no número de livrarias, na lanterna da região Sul (Santa Catarina somou 423 pontos).