ISABEL FLECK
SÃO PAULO, SP – A economia dos EUA teve, no segundo trimestre deste ano, um resultado ainda melhor do que o estimado no último mês.
O Departamento de Comércio revisou, nesta quinta-feira (28), o crescimento no período de 4% para 4,2%, em dados anualizados.
O ritmo -o mais rápido desde o terceiro trimestre de 2013- confirma a recuperação em curso após um rigoroso inverno, que fez com que a economia tivesse contração de 2,1% nos primeiros três meses do ano.
Economistas esperavam que o ritmo do crescimento do PIB no segundo trimestre seria revisado para baixo, a 3,9%.
Nos EUA, são comuns as revisões de PIB trazerem números bem diferentes dos inicialmente anunciados -isso já é esperado.
Muito do crescimento foi puxado pelo investimento das empresas em seus negócios -o maior em dois anos. Segundo o relatório, o lucro das empresas (descontados os impostos) cresceu 8% no período, o maior desde 2010.
No primeiro trimestre do ano, ele havia caído 9,4%. Os números, contudo, continuam 0,3% abaixo do registrado no mesmo período de 2013.
A demanda doméstica cresceu a uma taxa de 3,1%, contra 2,8% divulgado anteriormente. Esta foi a taxa mais rápida desde o segundo trimestre de 2010 e indica que a recuperação foi mais sólida depois que a produção caiu no primeiro trimestre devido a um inverno anormalmente frio.
A renda interna bruta teve um salto de 4,7%, consistente com fortes ganhos de empregos durante o trimestre. Esta foi a maior expansão desde o primeiro trimestre de 2012.
O crescimento nos gastos dos consumidores, que respondem por mais de dois terços da atividades econômica dos Estados Unidos, ficou inalterado a uma taxa de 2,5%.
DESEMPREGO
Também nesta quinta, o Departamento de Trabalho divulgou que o número de novos pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos seguiu praticamente estável na última semana.
Foram 298 mil novos pedidos, uma queda de apenas mil em relação à medição da semana anterior. A leve redução no número não é, necessariamente, um indicador de que haja menos pessoas sem emprego no mercado, já que pode ser um reflexo de que menos desempregados tenham buscado o benefício.