MARIANA BASTOS
GRANADA, ESPANHA – A comida é conhecida, o idioma está na ponta da língua e os rostos são familiares para o torcedor espanhol. Dos 12 atletas da seleção, sete jogaram ou jogam no país ibérico e guardam carinho especial por estas terras.
Muitos usaram a liga local, tida como uma das mais importantes do mundo, como trampolim para chegar à NBA. Tiago Splitter, atualmente a maior estrela da equipe por ter conquistado o último título da liga de basquete dos EUA, foi um deles.
Com apenas 15 anos, desembarcou na Espanha para atuar pelo Saski Baskonia, uma equipe basca. Ainda passou por outros três clubes antes de enfim chegar à NBA.
“A Espanha é um país no qual cresci muito, tanto dentro do basquete, quanto fora. Poder jogar um Mundial aqui é especial”, comentou em castelhano o pivô de 2,11m que, não à toa, estava cercado por jornalistas espanhóis que o conhecem muito bem.
Atualmente, a liga espanhola conta com três jogadores da seleção. Marcelinho Huertas é ídolo no Barcelona. Raulzinho joga pelo Gipuzcoa, de San Sebastian, e Rafael Hettsheimeir, pelo Unicaja Malaga.
O fato de conhecer tão bem o estilo de jogo espanhol pode ser uma vantagem para equipe, uma vez que, no grupo do Brasil, estão justamente os anfitriões do torneio.
“A gente tem que brigar pela primeira, segunda posição. A Espanha, com a torcida a favor, é favorita mesmo se não estivesse jogando aqui. Mas é um time que a gente já enfrentou, sabe das características de cada um dos jogadores e sabe que pode bater de frente”, afirmou Huertas.