BRASÍLIA, DF – O governo federal realizou na manhã desta sexta-feira (29), no Aeroporto Internacional do Galão, uma simulação de como seria a chegada de um paciente infectado pelo vírus do ebola ao Brasil. Ainda que o risco de alguém infectado chegar ao país seja remota, a ação, comandada pelo Ministério da Saúde, teve como objetivo treinar as equipes e avaliar o atendimento. “Muito embora o risco seja muito baixo, precisamos estar preparados. Não podemos deixar que algo aconteça para saber se estávamos preparados ou não”, afirmou o ministro Arthur Chioro (Saúde) na manhã de hoje. Ele acompanhou os procedimentos de Brasília por videoconferência. O ministro reforçou que não há qualquer caso de registro da doença no país. A simulação teve início às 9h no Aeroporto Internacional do Galeão e foi concluída no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, da Fundação Oswaldo Cruz, por volta das 11h30. A ação foi realizada pelo Ministério da Saúde em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro e contou com a participação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Fiocruz, Corpo de Bombeiros, Concessionária Rio Galeão e a empresa aérea Tam. Um avião de carreira da companhia foi utilizado. De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, os passageiros do vôo da empresa desembarcaram normalmente e logo depois o avião foi deslocado para uma área isolada do aeroporto para iniciar a simulação. Servidores da Aeronáutica fizeram os papéis dos passageiros e do paciente infectado com ebola. A simulação envolveu todos os procedimentos desde a comunicação do caso suspeito feito pelo comandante da aeronave ao aeroporto internacional até o transporte do paciente e o seu atendimento no hospital de referência. De acordo com Chioro, o ministério irá analisar os resultados, que deverão ser compartilhados com secretarias de saúde de outros estados. A pasta ainda avaliará a necessidade de novas simulações que poderão ser realizadas em Brasília e em São Paulo.