Sob direção de Mauro Mendonça Filho, Dupla Identidade prevê 13 episódios e foi toda rodada em 4K, tecnologia que multiplica por 4 a alta definição – o que ainda não tem efeito para o telespectador, já que a recepção depende de codificador e televisor compatível.

Luana Piovani, como psiquiatra forense, e Marcello Novaes, como delegado, assumem a condição de caçadores do serial killer. O script prevê um duelo intelectual entre a bonitona e o assassino, que deixa pistas para honrar sua vaidade, o que também serve para alimentar o roteiro. “Por que se consegue sustentar uma série com polícia e serial killer? Porque, se ele não se exibisse, como ele criaria esse diálogo com a polícia? Tem sempre a forma de exibição. A pessoa está se escondendo, mas também está desafiando ser encontrada.” O elenco conta ainda Aderbal Freire Filho, na pele de um senador que Edu bajula para tentar ascender ao poder. E participações especiais em todos os episódios, no caso, as vítimas do assassino.

Figura socialmente muito aceitável, Edu faz até trabalho voluntário, a fim de não despertar suspeitas em torno de sua atividade, digamos, ilícita. “É um sedutor em todos os sentidos, como todo serial killer”, endossa a autora. “Na vida cotidiana, é um camaleão, que vai se colocar sempre para agradar e vai mudar de personalidade de acordo com quem ele quer agradar, com uma facilidade impressionante. São pessoas que têm essa habilidade e por isso conseguem fugir durante muito tempo. Tem gente que ficou casada 30 anos com um e não soube.”
Discípula de Janete Clair, Glória Perez não conta como Bruno matará suas vítimas, mas adianta que não haverá sangue. Seria com seringa?