Não há prazo para a conclusão das investigações das causas da queda do avião monomotor Cessna 177, que caiu neste sábado, no bairro Bacacheri, em Curitiba. O Centro de Investigações e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) trabalha com a possibilidade do avião ter tido algum problema no motor na hora da decolagem, conforme declarações do major Eduardo Fatime Michelin, responsável pelas investigações. 

A aeronave modelo Cessna C 177 não possui caixa preta e, por isso, o motor e algumas peças, como as asas e o GPS, serão analisados por peritos da Aeronáutica. No entanto, o Cenipa não descarta uma provável falha humana.

O major Michelin disse que o avião é considerado um dos mais seguros do setor. Ele reiterou que todas as hipóteses serão consideradas para o acidente, até mesmo falha humana. Só depois da análise das peças é que poderemos cravar um motivo, por enquanto, todas as hipóteses serão consideradas, acrescenta Michelin.
O avião era de Londrina, no norte do Paraná. A aeronave decolou às 13h24, com destino a Londrina, e apresentou problemas mecânicos no motor. O avião caiu a um quilômetro a frente do ponto de decolagem. Após a queda, a aeronave explodiu.

O dono do Cessna 177 disse em entrevista ao portal G1 que a aeronave havia passado por manutenção há 20 dias, mas que havia realizado duas viagens naquele dia. De acordo com o tenente coronel Marcos Santos, do Cindacta II, o monomotor foi fabricado para suportar diversas viagens em um só dia. Essa aeronave é mais utilizada por empresas de aviação agrícola por ser forte e resistente. Fazer três viagens em um só dia é pouco para um avião como esse, detalhou o tenente coronel.

Como o avião passou por manutenção, o tenente coronel do Cindacta II alega que as investigações devem apurar, inclusive, como esse serviço foi realizado. É preciso analisar qual foi a empresa que fez a manutenção, quem foi o responsável e se o trabalho foi realizado corretamente. Se confirmar que a queda foi provocada por falha no motor, possivelmente a revisão foi falha, alega.