SÃO PAULO, SP – Pelo menos 1.420 pessoas morreram em agosto de forma violenta no Iraque, onde o Exército tenta expulsar os combatentes da facção Estado Islâmico (EI) dos territórios conquistados desde junho, anunciou a ONU nesta segunda-feira (1º) em Bagdá.
Além disso, 1.370 pessoas ficaram feridas, segundo a missão da ONU no Iraque.
A ONU explicou que os dados não incluem a província de Al-Anbar (oeste) e que é difícil verificar os números nas zonas de combate e nas áreas fora do controle do governo.
Cerca de 600 mil pessoas foram forçadas a fugir por causa dos confrontos.
“Milhares continuam a ser ameaçados e mortos pelo EI e grupos armados associados simplesmente por causa de sua origem étnica ou religiosa”, disse o representante da ONU no Iraque, Nickolay Mladenov.
Em julho, foram 1.737 mortos e 2.400 em junho, segundo dados da ONU.
CRIMES CONTRA HUMANIDADE
O EI estão cometendo atrocidades –que podem ser classificadas como crimes contra a humanidade– contra as minorias étnicas no Iraque, enquanto as forças do governo iraquiano executaram prisioneiros e bombardearam áreas civis –atos que podem constituir crimes de guerra–, disse a ONU.
A vice-alto comissária da ONU para os Direitos Humanos, Flavia Pansieri, ao abrir uma sessão de emergência do Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra, disse que o conflito tem um grave impacto sobre os civis iraquianos, principalmente mulheres e crianças.
“Ataques sistemáticos e intencionais contra civis podem constituir crimes de guerra e crimes contra a humanidade. Indivíduos, incluindo os comandantes, são responsáveis por esses atos”, disse ela, referindo-se a crimes cometidos por ambos os lados.