MÁRCIO FALCÃO
SÃO PAULO, SP – Em mais uma fala marcada por contrapontos à presidenciável Marina Silva (PSB), a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (2) que se “distingue” de sua adversária pela preocupação com a geração de emprego.
Dilma disse que nestas eleições “está em jogo” o projeto de desenvolvimento do país e afirmou ser contrária ao aumento do preço da gasolina e a criação de novos impostos.
Segundo a petista, é importante avaliar se um programa, um projeto político é comprometido com a criação de empregos.
“O que nos distingue dos nossos adversários, tanto da Marina quanto os demais, é que nós colocamos no centro das nossas preocupações as pessoas, os homens e as mulheres desse país, e quando coloca as pessoas no centro, a questão do emprego passa a ser muito importante”, disse a presidente para uma militância durante uma carreata em São Bernardo do Campo.
A presidente afirmou que o PT é contra arrocho salarial proposto por seus adversários. “Não somos a favor de aumentar o preço da gasolina, de mais impostos, e lutaremos de unhas e dentes para impedir que façam do desemprego e diminuição dos salários a arma de combater a crise. Nós sempre estivemos ao lado do povo”, afirmou.
Dilma voltou a provocar Marina sobre a origem de recursos para suas propostas, especialmente sobre a questão do pré-sal.
“O que a gente tem visto é que eles preferem propor medidas de arrocho salarial e levar necessariamente ao desemprego. Eles não dão a menor importância a uma coisa que para o Brasil é estratégica: que é garantir dinheiro para saúde e educação”, afirmou. “Se a pessoa não explicar como [fará investimentos] ela está enganando”, disparou.
SEGURANÇA
A presidente assegurou que vai defender mudança na Constituição para que a segurança seja uma questão do governo federal.
“Nós vamos mudar sistematicamente a forma da segurança. Todos vocês vivem uma situação de insegurança em relação à violência e ao crime organizado. Durante a Copa, nós integramos as policias, agora queremos levar essa política para todo o Brasil criando varias unidades de centro comando e controle. Se o crime age integradamente de forma a cobrir o território nacional, não podemos ficar fragmentado, com o governo federal fazendo uma coisa, os estaduais fazendo outra. Combater o crime é um dever inclusive do governo federal”, disse.
E completou: “Nós vamos alterar a Constituição para que o governo federal assuma essas tarefas”.