SÃO PAULO, SP – A TIM Participações pediu ao governo mudanças no edital do leilão da frequência de 700 MHz para telefonia móvel de quarta geração (4G), disse nesta terça-feira (2) o presidente da companhia, Rodrigo Abreu. Segundo o executivo, a principal mudança no edital defendida pela TIM é a redução do prazo, hoje fixado em 12 meses, entre o desligamento do sinal da TV analógica na faixa de 700 MHz e o início da comercialização de serviços de 4G.

Abreu reafirmou ainda que a TIM não está à venda. Na semana passada, a Oi informou ter contratado o banco BTG Pactual para atuar como comissário “para, agindo em seu próprio nome e por conta e ordem da Oi, desenvolver alternativas para viabilizar proposta para a aquisição da participação detida indiretamente pela Telecom Italia na TIM Participações”.

LEILÃO

Em agosto, a Anatel publicou edital para leilão do 4G, que será realizado no dia 30 de setembro. No total, serão disponibilizados seis lotes da faixa de 700 MHz às operadas, que juntos garantirão pelo menos R$ 7,7 bilhões ao governo. A telefonia móvel de 4G, mais veloz do que a de 3G e mais eficaz na transmissão de dados e vídeos, já está implantada nas principais regiões metropolitanas do país na frequência de 2,5 giga-hertz (GHz), leiloadas visando à instalação do serviço na Copa.

A diferença entre a frequência de 2,5 GHz e 700 MHz é que esta última tem maior alcance, demanda menos antenas e é mais apropriada para regiões menos populosas.

Emissoras de rádio e televisão divulgaram nota com críticas ao edital publicado pela Anatel. Segundo a Abert, que representa o setor, o valor de R$ 3,6 bilhões previsto pela reguladora para o pagamento dos custos com redistribuição dos canais de TV e RTV e com a mitigação de interferências da banda larga na TV digital é insuficiente.