O candidato do PMDB ao governo, senador Roberto Requião, parece em busca de um novo Ferreirinha. Para quem não se lembra, trata-se de um personagem criado pela campanha do peemedebista nas eleições de 1990, quando ele disputava o Palácio Iguaçu com o já falecido José Carlos Martinez. Uma semana antes da votação, o programa de Requião colocou no ar o depoimento de João Ferreira, que se identificava como matador de aluguel que teria prestado serviços à família de Martinez na grilagem de terras no Oeste do Estado. Requião acabou vencendo a disputa, mas após a eleição, a Polícia Federal descobriu que Ferreirinha era, na verdade, o motorista Afrânio Luis Bandeira Costa, e que a história não passava de uma farsa. Por conta disso, o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná chegou a cassar o mandato de Requião no governo antes mesmo da posse, mas com base em uma série de recursos, o peemedebista conseguiu anular o julgamento e manter o cargo.

Vaquinha
Ontem, Requião voltou a usar uma reportagem março deste ano veiculada por um telejornal local, relatando uma suposta vaquinha feita por integrantes do Conselho de Segurança do bairro Sítio Cercado, em Curitiba, para pagar o conserto de viaturas da Polícia Militar. Acontece que essa mesma história já havia sido contestada na época pelo governo e pelo PSDB. A organizadora da vaquinha era Claudia Do Rocio Sebastião, que, segundo os tucanos, não mora no Sítio Cercado, nem integra o conselho, além de manter ligações com o PT.

Autocrítica
A campanha de Requião fala em fantasia do horário político em contraposição à crua realidade desse governo. Só faltou reconhecer que a propaganda do senador também é pródiga em fantasias, quando fala das realizações de seu governo.

Então tá
Geonísio Marinho (PRTB), o candidato que quer endireitar o Paraná, promete colocar policiais nas ruas, privatizar os presídios e acabar com as rebeliões.

Colisão
O candidato do PRP, Ogier Buchi, exagerou na redundância. Passou a hora de enfrentar a questão de frente, afirmou, sobre o combate às drogas.

Hem?
Falando nisso, a candidata a deputada estadual Gisele Rebello (PPS) tem um slogan um tanto quanto confuso: chega de drogas e mais apoio do governo.

Sine
Homero Marchese (PV) diz que pediu demissão do cargo para denunciar a corrupção no Paraná. Deve ser por isso que quer que o eleitor arranje um novo emprego para ele.

Turma
E mais uma da série, esses candidatos e seus apelidos/nomes espantosos: Amauri Santos Hora do Rango; Palombo Gás; Pó Royal.

Tem culpa eu?
Alceni Vieira (PTN) vocifera: chega, eu cansei, a família paranaense cansou, e aponta o dedo para você, telespectador.

Parachoque de caminhão
O candidato do PRTB ao Senado, Mauri Viana, pode até não ter chance na eleição, mas é com certeza um dos melhores frasistas dessa campanha. Enquanto tiver capim, burro não morre, soltou ele ontem.

Café da tarde
Depois de veicular quadro no qual entrevistava um agricultor cujos filhos conseguiram fazer curso superior graças à gratuidade do ensino nas universidades estaduais instituída em seu governo, o senador e candidato à reeleição, Álvaro Dias (PSDB), exibiu ontem uma visita ao mesmo personagem. De quebra, ainda garantiu um lauto café servido pela esposa do seu Gumercindo.

Acelera
Emerson Paredes (PSDB) se apresenta como representante do motociclismo. Para provar, aparece a caráter, de jaqueta de couro e tudo.

Reprise
Luiz Barbara (PRTB) teve a candidatura cassada pela Justiça Eleitoral, por erros formais no registro do suplente. Mas até ondem continuava com sua propaganda na televisão.

Tropelo
Marcelo Almeida (PMDB) continua correndo em sua propaganda. E se apresenta como o senador das calçadas. Tá certo, afinal do jeito que ele corre, é melhor ter calçadas boas para não correr o risco de cair.