A presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), lançou nos últimos dias os mais duros ataques contra a candidatura de Marina Silva (PSB). E contrariando os manuais do marketing político, não usou intermediários, assumindo pessoalmente a tarefa de desconstruir a adversária em sua propaganda de televisão. No final de semana, Dilma já havia acusado Marina de por em risco o pré-sal. Ontem, foi a vez da petista questionar a proposta da ex-ministra de dar autonomia ao Banco Central. Em inserções veiculadas ontem, acusou Marina propor que os bancos assumam um poder que é do presidente e do Congresso, eleitos pelo povo. Na peça, banqueiros aparecem felizes em uma reunião, enquanto uma família surge na hora da refeição. Enquanto um locutor vai dizendo que o poder dos bancos aumentará por causa da proposta de Marina Silva de dar autonomia ao Banco Central, a comida vai sumindo dos pratos e as pessoas ficam com expressões tristes, de desolação.

Antecipação
Com Aécio Neves (PSDB) já dado como fora da disputa, a tática de Dilma mira já o segundo turno. O objetivo é desgastar desde já a adversária, estancando a onda favorável a Marina o quanto antes, já que depois pode ser tarde demais para isso. A estratégia comporta riscos, pois pode ter como efeito colateral a vitimização de Marina e demonstrar certo desespero por parte dos petistas.

Não me deixem só
Aécio ainda tenta mostrar que está vivo na disputa. Ontem, acusou Dilma de continuar procurando desculpas para justificar o que não resolveu, por não assumir a responsabilidade do governo federal na área de segurança pública, que constitucionalmente é dos estados. E abraçou uma causa polêmica, mas popular, da redução da maioridade penal. Nesse ritmo, até o fim da campanha ele adota o aerotrem.

Globo de Ouro
O tucano também aproveitou para exibir os artistas que o apoiam, colocando no ar trecho de jingle cantado entre outros por Zezé de Camargo e sua filha Wanessa, Fagner, Chitãozinho e Xororó, Renato Teixeira, entre outros. Marina – com seu pouco tempo de TV – ficou só com Caetano Veloso mesmo.

Correndo atrás
Depois de Lula, ontem foi a vez de Gleisi Hoffmann (PT) exibir o discurso de Dilma em seu programa. A presidente andava sumido da propaganda da petista paranaense. Como Dilma tem índices de intenção de voto superiores à candidata ao governo, a ordem é colar nela para pelo menos recuperar algum terreno.

Sem pausa
Gleisi visitou uma beneficiária do Minha Casa, Minha Vida em Pinhais (região metropolitana de Curitiba) e até brincou com o cachorro da moradora. Só não tomou café, como Beto Richa e Álvaro Dias fizeram em suas propagandas. Campanha dura, visita apressada.

Letras miúdas
Lula voltou a aparecer no programa de Gleisi para perguntar sobre os candidatos pegam o que o governo federal faz e coloca como se fosse deles. A petista confirmou e disse que isso está acontecendo no Paraná, onde segundo ela, o atual governo assume como suas as obras de construção de moradias e põe pequenininho embaixo que é em parceria com o governo federal.

Luz no fim do túnel
Requião voltou a bater no reajuste das tarifas de energia. Disse que a Copel distribuiu R$ 500 milhões aos seus sócios privados. E que quem sofre com isso é o bolso do consumidor.

Capitalistas maus
O senador também insiste no discurso do nós contra eles, ao afirmar que a atual política da Copel só beneficia os sócios capitalistas da empresa e que alguns deles sequer moram no Brasil. Depois de dizer que entre eles estão acionistas que vivem nos Estados Unidos e Europa, o peemedebista aponta que são pessoas sem a mínima preocupação com o Paraná, não estão nem aí com a nossa dificuldade para pagar a conta de luz.

Giratória
Essa vem do colega e jornalista Ayrton Batista Júnior: Aécio Neves quer acabar com ‘esta história de bandido entrar por uma porta e sair pela outra’. Solução para conter gastos públicos: o bandido vai sair pela mesma porta.

Nome
Tem um candidato que se chama Mamá Brito. Não se sabe se é nome, sobrenome ou apelido. Como diria o macaco Simão, também pode ser um predestinado.

Humilde
O ex-secretário de Wsportes do Paraná, e ex-juiz de futebol, Evandro Roman afirmou que foi um dos secretários que mais fez pelo Paraná e que revolucionou o esporte no estado.