Apesar do número espantoso de denúncias diárias, Alexander Biondo, diretor do Departamento de Pesquisa e Conservação de Fauna da SMMA, aponta que o balanço pode ser considerado positivo. O grande número de denúncias é positivo porque mostra que o curitibano não tolera maus tratos. Se alguém chuta um cachorro, daqui cinco, dez minutos, alguém já ligou denunciando, outra pessoa mandou foto, vídeo, afirma.
Esse tipo de mobilização do curitibano para ajudar e proteger os animais pode ser notada no caso do Pinheirinho. Diversas pessoas que moram na região já tiraram cães do local de desova e os encaminharam para adoção. A situação, porém, é tão grave que o problema persiste e a comunidade pretende se reunir no local para fazer um protesto.
A gravidade da violência contra os animais pode aumentar à medida que a violência doméstica também se agrava. A exacerbação do perfil do homem que tem entre 25 e 45 anos é a violência contra animais, crianças e contra a mulher, aponta Biondo. O espírito masculino é essa agressão domintante. E grande parte desses homens  provoca a violência contra animais de maneira de coagir o filho e a esposa, como se quisesse dizer ‘se eu faço isso com esse animal, imagina o que eu poderia fazer com você’, completa.