Ricardinho foi apresentado ontem pela manhã como novo técnico do Paraná Clube. Na sua chegada, pediu a contratação de um diretor de futebol — cargo que está vago no clube desde a saída de Roque Junior. Falou também sobre sua saída polêmica em 2012, quando teve desentendimentos com a diretoria do clube. A busca por reforços, a saída de jogadores e a estrutura do clube foram outros assuntos comentados pelo treinador.

Diretor de futebol — Minha função principal é de técnico, e a função de técnico exige muito trabalho por você pensar em todos os aspectos, como jogadores e preparação da equipe. Esse é o principal e o que o torcedor espera. Lógico que esta proximidade, esta função é importante. Por isso, internamente, já estamos conversando, e a gente espera, o mais breve possível, já ter uma solução em relação a isso (contratação de um diretor de futebol).
Problemas com a diretoria em 2012 — Todo profissional aprende com as situações. Este é um momento em que não cabe voltar ao passado. Todos nós crescemos com aquela situação. Independente das situações que aconteceram. Se houve erro ou não, isso não cabe julgar no momento. Não fico guardando mágoa. Não teve situação pessoal. Foram situações profissionais, explica Ricardinho.
Evolução profissional — Eu estou muito melhor do que em 2012 em todos os sentidos porque a gente procurou se interessar para se adequar a esta função, procurei me preparar ainda mais
Objetivos em 2014 — O Paraná precisa se estruturar em vários aspectos, primeiro, para a gente poder sonhar com algo maior, algo superior. Às vezes, a gente está sonhando com situações possíveis, por exemplo, com uma situação de Série A, mas temos, primeiro, que ter humildade para enfrentar os nossos problemas e de estruturar novamente o departamento de futebol, dando condições para todos os profissionais. Aí, sim, vamos ter oportunidade de disputar e principalmente chegar aos objetivos e voltar à primeira divisão
Estrutura do clube — Com relação à estrutura e ao funcionamento, a partir de hoje que eu vou ver na prática como está funcionando. Mas a gente vem acompanhando há algum tempo, sempre do lado de fora. Agora, vivendo o dia a dia, a gente vai ter conhecimento de vários outras situações. Agora, com muita tranquilidade e com muito trabalho, nós vamos conseguir sobrepor todas essas situações
Saída do zagueiro Gustavo — São situações do futebol, do mercado do futebol. O Gustavo teve este convite. Ele é um bom profissional. Não tive a possibilidade de trabalhar com ele, mas conversei com ele sobre isso. O clube tentou de todas as formas mantê-lo, mas entendo e respeito a posição dele. É uma oportunidade que ele tem de troca, de disputar a Série A. É uma decisão profissional. E todos aqui entendemos. Foi um profissional que sempre deu o melhor pelo clube, sempre foi um líder e vamos procurar alternativas para suprir essa ausência
Saída do atacante Giancarlo — Com relação ao Giancarlo, estamos conversando sobre isso. Na sequência, a gente vai, dentro do possível, sempre com muito critério, porque a gente tem que ter essa consciência e não podemos fazer loucuras, mas temos que pontualmente melhorar algumas situações em relação ao nosso grupo. Mas são situações gradativas, de necessidade

Breno — O lateral-esquerdo Breno, 23 anos, pode trocar o Paraná Clube pelo Fluminense. O empresário do jogador, Marcos Amaral, está negociando os direitos econômicos de Breno para um grupo de investidores, que planejam cedê-lo aos Fluminense ou a outra equipe da primeira divisão. Por enquanto, os valores são desconhecidos. A participação do Paraná na negociação também é uma incógnita.

Breno chegou ao Paraná no início de 2014. É o jogador de linha que mais vezes atuou pelo clube na temporada: esteve em campo em 33 das 37 partidas.

Anderson Aquino retorna ao clube

O Paraná Clube recebeu ontem, por empréstimo, o atacante Anderson Aquino, do Coritiba. O jogador, de 27 anos, não estava sendo utilizado no time alviverde. A negociação é parte do pagamento do empréstimo do atacante Giancarlo, do Paraná para o Coritiba. O clube da Vila Capanema também receberá dinheiro na transferência – os valores não foram divulgados.
Anderson Aquino tem contrato com o Coritiba até o fim de 2016. O jogador passou pelo Paraná na reta final da Série B de 2010, quando foi artilheiro do time na competição, marcando seis gols em 11 jogos.
Aquino passou pelas categorias de base do Paraná e do Atlético antes de se profissionalizar. O Furacão o cedeu por empréstimo para Sport, Goiás e Olimpia Rustavi, da Geórgia, antes dele ir para a Vila Capanema em 2010. Nesse mesmo ano, seu vínculo com o Atlético se encerrou, o que o deixou livre para assinar com o Coritiba no começo de 2011.