A influência mais objetiva das pesquisas é no aumento das doações aos candidatos mais bem colocados. Casos recentes de pesquisas que não corresponderam ao resultado das urnas mostraram que a pesquisa não representa a realidade do dia 05 de outubro. Nas eleições municipais de 2012, a derrota do candidato Luciano Ducci (PSB) e a ascensão de Gustavo Fruet (PDT) ao cargo de prefeito de Curitiba revelou a diferença de 6% entre o apontado pela pesquisa e o resultado da eleição.
Na última sondagem do Datafolha antes do primeiro turno, Fruet aparecia em terceiro lugar, com 21% das intenções de votos, atrás de Ratinho Junior (PSC), com 34% e Luciano Ducci (24%). Depois da apuração das urnas, Fruet terminou o segundo turno em segundo colocado, com 27% dos votos e acabou vencendo a eleição no segundo turno contra Ratinho Junior, por 60,65% contra 39,65%.
O diretor do Instituto Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo acredita que as pesquisas eleitorais são úteis para convencer investidores de campanha e aumentar a confiança de políticos apoiadores. Elas só podem mudar a convicção dos eleitores indiretamente. Se o candidato arrecada mais por causa das pesquisas, vai investir mais em propaganda e isso pode mudar o rumo das eleições.
A própria pesquisa é a prova de que não influencia (o voto do eleitor); ela serve muito mais para arrecadar dinheiro do que para influenciar o eleitor. O pesquisador usa o exemplo mais recente de Curitiba em que a pesquisa que não correspondeu ao resultado das urnas. Se influenciasse, o Ducci tinha ido para o segundo turno; isso é muito mais usado como estratégia de marketing do que como resultado, garante.