Uma família de Curitiba conseguiu na Justiça o direito de colocar o nome da madrasta também como mãe na certidão de nascimento do enteado. Com isso, na certidaõ de nascimento da criança há o nome da mãe biológica, da madrasta e do pai. Depois da morte da mãe biológica de Guilherme Zaroni, o menino foi morar com o pai Leandro Zaroni, a madrasta Margit Riederer Zaroni e dois irmãos.

O garoto, que hoje tem 8 anos, se adaptou à rotina da nova família, mas a questão formal passou a incomodar Margit. Com esta decisão inédita no Paraná, a nova certidão de nascimento de Guilherme terá o nome de duas mães, um pai e seis avós. A alternativa encontrada foi a filiação socioafetiva – uma modalidade de reconhecimento civil, sem o vínculo biológico. O novo documento ainda não chegou, são necessários alguns procedimentos burocráticos. 

Com o passar do tempo, eu tive a necessidade de tê-lo como meu filho de verdade. Eu queria que ele fosse meu e demorei para saber que era possível adotar o filho do conjugue, então, fui conversando com advogados, lembrou Margit Zaroni que é empresária. “Ele tinha recém perdido a mãe, e eu me comovi… Isso é triste. Uma criança nesta idade não merece passar por isso. Desde o primeiro minuto, eu falei que ia cuidar dele”, revela a mãe-madrasta, Margit Riedere Zaroni,  em entrevista exibida no Paraná TV 1ª Edição, da RPCTV.