PEDRO SOARES RIO DE JANEIRO, RJ – Nem mesmo a Copa do Mundo e o impulso dado pelo evento a alguns segmentos livrou o setor de serviços de seu pior desempenho em julho. O crescimento foi de 4,6%, em termos nominais (sem considerar a inflação) e na comparação com o mesmo mês de 2013. O resultado é o mais baixo de toda a série histórica do IBGE, iniciada em 2012. O desempenho foi ainda menor que de junho (5,8%) e maio (6,6%), meses nos quais já se notava uma freada no setor. Os dados, divulgados nesta terça-feira (16), mostram que os serviços estão em desaceleração, se for levada em conta a evolução da inflação. Pelos dados do IPCA, o agrupamento de serviços acumula uma expansão em 12 meses na faixa de 9%. Os número divulgados não consideram a inflação. Ou seja, não descontam o efeito da alta dos preços sobre os serviços. Desse modo, a análise fica prejudicada, pois não se sabe o real crescimento do setor. O crescimento nominal da receita do setor acumulado no ano e o acumulado em 12 meses ficou em 7% e 7,6%, respectivamente, também as menores taxas na série da pesquisa. Segundo o IBGE, os melhores desempenhos ficaram com as atividades de outros serviços (8,3%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (7%). Tiveram taxas de expansão mais modestas os ramos de serviços prestados às famílias registraram (5,4%), os serviços de informação e comunicação (2,1%) e transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio (4,6%). Esses três setores são potencialmente os que mais poderiam se beneficiar da Copa, pois estão ligados à alimentação, comunicação, hospedagem e deslocamento de turistas.