MARCO ANTÔNIO MARTINS
RIO DE JANEIRO, RJ – A Delegacia de Homicídios investiga quem foi o responsável pelo assassinato de Osmar Paiva Camelo, 54, presidente da Associação de Moradores da favela do Timbau, uma das 15 que compõem o Complexo da Maré, zona norte do Rio. Camelo levou sete tiros no interior da associação na tarde de segunda (15), logo após atender um grupo de moradores.
Segundo testemunhas, uma dupla de assassinos agiu apesar da comunidade estar ocupada por militares do Exército desde 5 de abril. Na sexta (12), a presidente Dilma Rousseff e o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão assinaram um acordo renovando a permanência das Forças Armadas no local até dezembro.
Peritos da Polícia Civil do Rio fizeram análises no local. Uma das linhas de investigação é que Osmar Camelo, policial militar aposentado, tenha sido morto em retaliação praticada por traficantes de drogas.
Segundo testemunhas, um homem de capacete entrou na associação e fez os disparos contra Camelo. Depois saiu caminhando até o motoqueiro, também de capacete, que o aguardava diante do local. Camelo foi socorrido por militares da Força de Pacificação mas ele já chegou morto ao Hospital Geral de Bonsucesso.
Após a visita da presidente, Osmar Camelo foi citado pelo blog do Palácio do Planalto apoiando a ocupação militar: “A gente está esperando a paz na Maré. Está esperando a entrada da polícia de uma forma tranquila como está sendo com o Exército. A comunidade de bem está feliz, sim, com esse acontecimento”, disse na ocasião o líder comunitário e sargento que foi lotado no 22º BPM (Maré).