JOHANNA NUBLAT BRASÍLIA, DF – O governo federal e o governo do Estado de São Paulo fazem, na tarde desta terça-feira (16), uma simulação da chegada de um paciente com suspeita de ebola no aeroporto de Guarulhos. A intenção é verificar a correta aplicação dos planos de controle para evitar a disseminação dessa e outras doenças transmissíveis no país, e capacitar os funcionários dos órgãos envolvidos.

Simulação semelhante já foi feita no Rio de Janeiro. Apesar da preparação, o secretário de vigilância em saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, mantém a afirmação de que é improvável a chegada de um paciente com suspeita da doença no Brasil.

Em entrevista na manhã desta terça (16), Barbosa afirmou que o ministério mandou uma equipe ao Acre, na semana passada, para tirar dúvidas de funcionários que atuam na fronteira e junto aos imigrantes africanos que usam o Estado como porta de entrada no Brasil. “É muito importante esclarecer. Enviamos nota para o Ministério da Justiça, estamos trabalhando hoje com eles, vamos produzir um material específico para esses funcionários [que atuam com os imigrantes], com informações básicas, explicando que o contato social não transmite ebola, que não é o fato de pegar o passaporte [que a transmissão ocorre]”, disse o secretário.

Para além das informações, segundo Barbosa, será mantido o fluxo para casos suspeitos de ebola ou outras doenças graves. “Se é um caso que pode ser suspeito, a pessoa entra no fluxo, é transferida pelo Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência] ao hospital de referência em Rio Branco.”