DANIELA LIMA
SÃO PAULO, SP – Um tumulto no início do debate entre os presidenciáveis promovido pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), na noite desta terça-feira (16) no Santuário Nacional de Aparecida (SP), resultou em agressão de seguranças da Presidência da República a jornalistas credenciados para cobrir o evento.
A repórter da Folha de S.Paulo Marina Dias foi uma das pessoas agredidas. Impedida por seguranças de entrar no local onde ocorreria o debate, a jornalista foi agarrada pelo pulso por um agente federal, reagiu e foi empurrada contra uma parede. Ela terminou com o braço sangrando após a confusão.
O gestor de segurança da Basílica de Aparecida, José Guedes Filho, eximiu a organização do evento de qualquer responsabilidade sobre as agressões. Ele informou que toda a infraestrutura da entrada e saída do local foi montada pela Presidência da República.
Entretanto, a campanha da presidente Dilma Rousseff (PT) disse que sua segurança seguiu a orientação da organização do evento, de que apenas jornalistas de imagem –cinegrafistas e fotógrafos– poderiam entrar no estúdio onde ocorreria o encontro entre os oito presidenciáveis.
A assessoria de Dilma ressaltou, porém, que não houve orientação da Presidência para barrar a imprensa, e argumentou que o empurra-empurra ocorreu porque parte dos repórteres tentavam entrar em um local onde não eram autorizados.
O tumulto ocorreu pouco antes do início do debate, que começou às 21h30 (horário de Brasília). A organização havia distribuído pulseiras para que cinegrafistas e fotógrafos pudessem entrar no estúdio, e designou que os demais profissionais acompanhassem o evento em uma área isolada –do lado de fora. Quando o portão que dava acesso ao estúdio foi aberto, houve confusão entre jornalistas e seguranças.