PEDRO SOARES E MARIANA CARNEIRO RIO DE JANEIRO, RJ, E SÃO PAULO, SP – Os dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgados nesta quinta-feira (18) pelo IBGE, trazem uma única boa notícia. É o fato de que o rendimento do trabalhador segue em expansão, com alta de 5,7% em 2013. “É um aumento robusto, sem dúvida, mas o problema é que os maiores rendimentos subiram mais”, diz Fernando Holanda, economista da FGV.

O índice de Gini, medida de desigualdade, mostrou uma discreta piora de 2012 para 2013, passando de 0,496 para 0,498 no indicador que mensura exclusivamente a distribuição dos rendimentos do trabalho. Quanto mais próximo de zero, melhor é a distribuição de renda do país. Apesar disso, o rendimento médio mensal real de todos os trabalhadores em 2013 foi estimado em R$1.681. A renda dos homens era de R$ 1.890,00 e a das mulheres ficou em R$ 1.392,00. As mulheres recebiam, em média, 73,7% do rendimento de trabalho dos homens. Em 2012, essa proporção era de 72,8%.

Todas as categorias tiveram aumento da renda, com destaque para servidores públicos estatutários (5,9%). Os demais tiveram alta abaixo da média: trabalhadores com carteira (4,4%) e trabalhadores sem carteira (5%). Em 2013, os maiores rendimentos do país eram dos trabalhadores do Distrito Federal (R$ 3.114) e São Paulo (R$ 2.083).

Já os mais baixos ficaram com Piauí (R$ 1.037) e Ceará (R$ 1.019). Dentre os Estados, a renda subiu mais no ano passado em Amazonas (12,8%), Rio Grande do Sul (11,4%) e Bahia (10,3%).