MÁRCIO FALCÃO
SÃO PAULO, SP – Em busca do voto do eleitor tradicional do PT, o candidato do partido ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, aproveitou sua participação, nesta quinta-feira (18), em um evento de mobilidade urbana para fazer um afago e defender vitrines da gestão do prefeito Fernando Haddad.
Além de apresentar as principais medidas de seu plano de governo para o setor, Padilha tratou da implantação de ciclovias na capital, que tem recebido críticas na base aliada do prefeito e até dentro do PT, e dos corredores exclusivos de ônibus.
O candidato participou do lançamento da Pesquisa de Mobilidade Urbana, que faz parte da programação da Semana da Mobilidade Urbana em São Paulo. O levantamento feito pelo Ibope a pedido da Rede Nossa São Paulo revelou que mais da metade dos moradores da cidade de São Paulo tem pelo menos um carro em casa.
Padilha distribuiu elogios ao correligionário. “Os senhores sabem o compromisso de Haddad com duas questões fundamentais: primeiro de construir, apresentar e cumprir um planos de meta, como também o esforço incansável, enfrentando preconceitos, campanhas públicas, mas um defensor incansável do transporte coletivo, da mudança da mobilidade”, afirmou.
A baixa avaliação de Haddad, 17% segundo pesquisa Datafolha, é apontada por parte da cúpula do PT como um dos entraves para o crescimento de Padilha na corrida pelo Palácio Bandeirantes, sendo que ele ocupa a terceira colocação.
O candidato afirmou que vai defender as ciclofaixas e também os corredores de ônibus com autorização para táxis. Haddad recuou no fim da semana passada da proibição para que taxistas com passageiros utilizassem os corredores de ônibus.
“Resistências que possam existir não podem fazer com que a gente arrede um pé nas ciclofaixas. Isso é bom para cidade de São Paulo. Também tinha resistência das faixas de ônibus e a pesquisa mostrou que hoje 90% da população aprova”, disse.
Padilha afirmou que toda mudança pode enfrentar problemas, mas que é preciso superá-los. “Você fazer mudanças, governar para quem mais precisa, para o excluído, tem que ter coragem. Quem sempre teve os mesmos privilégios não pode querer excluir o direito a circular na cidade, a garantir segurança de quem usa bicicleta, você fazer ajuste, não se pode abandonar ciclovias e ciclofaixas”.
Ele classificou de “ridículo” o questionamento de que as ciclofaixas foram feitas de vermelho por ser a cor que representa o PT. “É ridículo. Só pode ter faixa vermelha em Paris ? Tucano adora ver faixa [vermelha] em Paris, Suécia, Holanda. São Paulo não pode ter? É preconceito contra a cidade de São Paulo”, disse.
CORRUPÇÃO
Padilha também aproveitou para atacar a gestão do governador Geraldo Alckmin (PSDB) pelo escândalo de corrupção no Metrô. Ele reafirmou que vai dar transformar a Controladoria-Geral do Estado em secretaria, para ter autonomia e fazer uma auditoria preventiva contra malfeitos.
O petista afirmou ainda que, se eleito, vai apresenta rum plano de metas em 120 dias, em todas as áreas para acompanhamento do paulista.