Great British Walk – Grande Caminhada Britânica – é programa para o outono no hemisfério norte, que começa agora. Organizada pelo National Trust, órgão de proteção a propriedades históricas, jardins e monumentos britânicos, a caminha tem início em 8 de setembro e termina em 24 de outubro.

Alguns dos destinos selecionados pelo National Trust para quem pretende conhecer o encantamento do outono europeu:

ABADIA DE ANGLESEY, Gardens e Lode Mill (Cambridgeshire)
Entre jardins e estátuas, o cenário perfeito para curtir as cores do outono inglês – amarelo, vermelho, marrom – garantindo mais beleza para as atrações históricas ou arquitetônicas.

ABADIA CALKE (Derbyshine – Inglaterra)
O parque abriga as mais antigas árvores da Inglaterra. A reserva natural tem animais preservados, destacando o veado vermelho. Old Man of Calke é uma árvore que se estima tenha cerca de 1.200 anos de vida e está classificada como das mais antigas de toda Europa.

ABADIA FOUNTAINS e Studley Royal (North Yorkshire – Inglaterra)
Patrimônio da Humanidade, combina natureza e a beleza construída pelo homem. As ruínas da abadia do século 12 e o espelho d’água refletindo a paisagem são as principais atrações.

Há roteiros para o Jardim Glendurgan – Cornualha; Monte Stewart – Irlanda do Norte; Castelo Powis – País de Gales; Jardim de Sheffield, East Sussex – Inglaterra; Sizergh, Cumbria e muito mais para ser apreciado. Verifique no www.nationaltrust.org.uk/greatbritishwalk


DESTAQUES

PARA QUEM TEM COMPLEXO DE CHEF
Se você anda com mania de ser chef, já comprou até o lenço-bandana para enfeitar ainda mais o uniforme especial e tomar uns ares californianos. Se gosta de assistir aquela sequência interminável de cozinheiros e cozinheiras diletantes ou até nem tanto, mostrando sapiência ou fingindo que erram receitas (enquanto copiam fielmente as verdadeiras receitas guardadas pelas gerações de cozinheiras de mão cheia, que toda família tem como relíquia). Anotações que provavelmente se transformarão em livros ou farão parte de um novo restaurante eclético, com destaques multiculturais gastronômicos. É só aguardar.

Mas enfim: se você gosta de frequentar aulas de culinária e depois degustar o resultado do show gastronômico, muitas vezes pirotécnico, aproveite .É que o segundo cruzeiro gastronômico já está sendo comercializado. Marcado para embarque no dia 13 de março de 2015, no navio Splendour of the Seas, que levará a bordo gourmets e gourmands de todas as idades. No roteiro, Buenos Aires, Punta del Este e Montevidéu.

O cruzeiro Royal Gourmet já tem uma boa lista de chefs confirmados, entre os que aparecem regularmente nos programas televisivos. Workshops, aulas, degustação de pratos, refeições temáticas e um jantar especial, elaborado pelos chefs para todos os hóspedes do navio, fazem parte da programação. Veja no www.royalcaribbean.com.br/royalgourmet

NA DOCE TERRA DE CORA CORALINA
Quando foi defendida a inclusão do centro histórico da Cidade de Goiás como patrimônio da humanidade, concedido pela Unesco em 2001, o argumento foi uma cidade europeia adaptada às condições climáticas, geográficas e culturais do centro da América do Sul.

Durante uma visita do então presidente Fernando Henrique Cardoso à cidade, o escritor Bernardo Élis entregou um ofício com o pedido que trabalhasse pela causa. Mais tarde, outras entidades assumiram a empreitada, conquistando o tão almejado título.

A terra de Cora Coralina foi o primeiro núcleo urbano fundado em território goiano, no início do século 18. Um grupo de bandeirantes, comandado por Bartolomeo Bueno da Silva – o Anhangüera – fundou a vila, depois de dizimar os indíos goiases.

A riqueza do ouro e do diamante atrai sempre e foi o que aconteceu com a então chamada Vila Boa. Foram sendo formado núcleos urbanos, com casarões, igrejas imponentes, obras de arte. Em 1937 a capital foi transferida para Goiânia, deixando a cidade no esquecimento.

Ironia da vida, foi o esquecimento que manteve a preservação do casario e suas belezas, motivo do tombamento pela Unesco. O nome mais famoso da região continua sendo o de Cora Coralina, famosa pela poesia e por ser exímia doceira. A casa em que viveu, conhecida como A Casa Velha da Ponte, na Cidade de Goiás, é hoje um museu que preserva sua memória.

OLINDA – TERRA DE ARTE E BATALHAS
Políticos e personalidades lutaram, em 1978, para tornar Olinda (Pernambuco) em mais um patrimônio da humanidade no Brasil. Quatro anos depois, o município passou a figurar no seleto grupo de locais especiais do planeta.

Olinda surgiu em 1535, pela mão dos portugueses e a cidade pernambucana mantém um conjunto arquitetônico considerado dos mais antigos das Américas. Isso, apesar das muitas guerras e ataques estrangeiros que sofreu durante toda sua história. Um dos mais violentos foi quando os holandeses invadiram a então Vila de Olinda, em 1630. O lugar foi incendiado e o centro econômico transferido para a vizinha Recife. Os holandeses só foram expulsos em 1654, quando foi iniciada uma lenta reconstrução urbana.

A última batalha aconteceu em fins de 1990, quando a Unesco ameaçou tirar o título de patrimônio da humanidade, pelo abandono dos edifícios, fachadas grafitadas, rachaduras e ameaça de tombamentos. Uma parte dos problemas foi sanada. Mas Olinda continua sofrendo ataques à sua preservação. Um dos maiores, além da falta de apoio público, é a verdadeira invasão de turistas durante o Carnaval, que obrigou a Prefeitura, em 2001, a impor uma série de medidas para conter o descuido dos foliões e a multidão de vendedores de bebidas e comidas que toma conta de todas as ruas principais. A festa é para alegria, mas preservar o patrimônio é obrigação de todos.