PAULO PEIXOTO
BELO HORIZONTE, MG – O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, decidiu concentrar sua agenda em Minas Gerais e tentar melhorar sua performance em sua base eleitoral.
Serão ao menos sete cidades mineiras visitadas nos próximos dias entre hoje (19) e quarta-feira (22).
As incursões buscam também alavancar a candidatura ao governo do tucano Pimenta da Veiga, que enfrenta dificuldades locais. A esperança é impedir que o PT vença no primeiro turno.
Nesta sexta-feira (19), Aécio e Pimenta percorrerão o distrito de Venda Nova, em Belo Horizonte. No sábado (20), irão a três municípios do Vale do Aço e retornam na segunda (22) à região metropolitana de BH. Na quarta (22), será a vez de Uberaba, no Triângulo Mineiro.
A Grande BH é uma região onde o desempenho do PT é melhor. Por isso, o PSDB lançou nos últimos dias promessas de programas para populações de vilas e favelas. Até uma espécie de “bolsa desemprego” entrou no pacote, ainda que sem detalhamento de custos e abrangência.
Pimenta da Veiga está 20 pontos atrás do candidato do PT, Fernando Pimentel, segundo pesquisa Ibope da última terça-feira (16). O petista tem 43%, contra 23% do tucano.
Há uma preocupação do PSDB mineiro em não deixar que militantes e apoiadores se desanimem diante dos números da pesquisa em Minas, justamente no momento em que Aécio vem recuperando terreno em pesquisas nacionais.
No Ibope, o tucano foi de 15% para 19%, mantendo o terceiro lugar. Está 11 pontos atrás de Marina Silva, do PSB (30%). Dilma lidera com 36%. Já pelo Datafolha, Aécio está com 17%, ante 30% de Marina e 37% de Dilma.
Em Minas, segundo o Ibope, Aécio está em segundo lugar, empatado tecnicamente com Dilma, que aparece na frente (33% a 29%). Marina tem 22%.
APELOS
Na noite de quarta-feira (17), o auditório do comitê de Pimenta em BH ficou lotado de servidores comissionados do governo de Minas -convocados durante o dia por e-mail- que ouviram do ex-secretário do Governo de Minas Danilo de Castro e do governador Alberto Pinto Coelho (PP) pedidos de engajamento na campanha.
O discurso foi no sentido de impedir a vitória do PT para que as estatais de Minas, como Cemig e Copasa, e tudo que foi feito nos quase 12 anos de poder em Minas não sejam “destruídos” -expressão que tem sido usada pelo próprio Aécio.