SÃO PAULO, SP – A China puniu gigante farmacêutica britânica GlaxoSmithKline com uma multa recorde de 3 bilhões de iuanes (US$ 488,8 milhões) por pagar subornos a médicos para que eles usassem seus remédios, disse a companhia nesta sexta-feira (19).
Um tribunal na cidade de Changsha também condenou Mark Reilly, ex-chefe da GSK na China, e outros executivos da empresa a entre dois e quatro anos na cadeia, segundo a agência de notícias estatal Xinhua.
Reilly será beneficiado por uma suspensão condicional da pena e será expulso do país, informou a agência, que não revelou detalhes.
O veredito vem após uma investigação chinesa da fabricante de medicamentos britânica, que autoridades chinesas tornaram pública em julho do ano passado.
A polícia chinesa disse que a empresa destinou até 3 bilhões de iuanes, exatamente o mesmo valor da multa, a agências de viagens para facilitar subornos a médicos e autoridades.
O tribunal destacou que o laboratório “ofereceu dinheiro ou propriedade a pessoas de fora do governo para obter ganhos comerciais impróprios e é culpada de ter subornado pessoas de fora do governo”.
A GSK disse que as atividades da unidade chinesa da empresa são uma “clara violação” dos procedimentos de governança da GSK.
“Nós aprendemos e continuaremos aprendendo com isso”, disse o presidente da GSK, Andrew Witty, em comunicado.
De acordo com a Xinhua, a multa a GSK é maior determinada até hoje pela justiça chinesa a uma empresa.