SÃO PAULO, SP – Policiais de Ferguson, Missouri, têm sido vistos sem identificação desde o início dos protestos na cidade, em agosto. A prática é proibida pelo próprio Departamento de Polícia local.
Em 9 de agosto, Michael Brown, 18, foi morto durante uma abordagem. O jovem negro, que não estava armado, foi atingido por seis tiros do policial branco Darren Wilson, 28. O incidente reacendeu o debate racial na cidade, desencadeando uma série de protestos.
Na quinta-feira (25), o Departamento de Justiça americano enviou uma carta à polícia de Ferguson solicitando que seus policiais cumpram suas próprias regras.
Além de afirmar que investigadores do departamento viram policiais sem identificação na cidade, a carta afirma que “não usar a identificação transmite à comunidade uma mensagem de que os policiais podem estar buscando a impunidade por meio do anonimato”.
O departamento reiterou o pedido numa segunda carta, enviada na sexta-feira (26), que tinha como principal propósito pedir que os oficiais parassem de usar pulseiras em solidariedade a Wilson.
No domingo (28), jornalistas afirmaram que havia um policial sem identificação num protesto na cidade. Quando um cinegrafista perguntou seu nome, o oficial se recusou a informá-lo e foi embora.