SÃO PAULO, SP – Um Irã com arma nuclear representaria uma ameaça bem maior ao mundo do que os militantes do Estado Islâmico que têm conquistado territórios na Síria e no Iraque, disse o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em discurso nesta segunda-feira firmou na Assembleia Geral da ONU .
“Não se enganem, o EI (Estado Islâmico) precisa ser derrotado”, disse Netanyahu em discurso à Assembleia Geral da ONU. “Mas derrotar o EI e deixar o Irã no limiar de ser uma potência nuclear é vencer a batalha e perder a guerra”, afirmou, acrescentando: “As capacidades nucleares do Irã devem ser totalmente desmanteladas.”
Em seu discurso, o chefe do governo israelense criticou também o movimento palestino Hamas, acusando-o de usar civis como “escudos humanos” no recente conflito de Gaza, e se mostrou partidário de um acordo de paz no Oriente Médio segundo as “novas realidades”.
Netanyahu dedicou grande parte da meia hora de seu pronunciamento para tentar convencer o mundo sobre as supostas coincidências entre o EI e outros grupos radicais islamitas e o regime do Irã quanto às supostas intenções comuns de chegar a uma dominação global.
“Devemos remover esse câncer antes que seja tarde”, declarou Netanyahu referindo-se ao extremismo islamita, destacando que o “Hamas é o EI e o EI é o Hamas”, assim como outros grupos radicais na Ásia e na África.
Além disso, considerou que essa “missão global” dos grupos islamitas coincide com os desejos do regime de Teerã, que, em sua opinião, busca o fim das sanções econômicas vigentes para “remover os obstáculos que lhe abram o caminho para a bomba”.
“O Irã é o regime mais perigoso e obterá a arma mais poderosa”, concluiu.