A tal bala de prata do candidato a governador pelo PMDB, senador Roberto Requião, era uma queixa sobre o sumiço de documentos de dentro da Granja Canguiri, há mais de quatro anos. Nas palavras de Requião, os documentos que sumiram eram assunto pessoal e envolviam o inventário do sogro, pai de Maristela Requião. O peemedebista acusou o candidato à reeleição Beto Richa (PSDB), seu adversário na disputa para o Palácio Iguaçu, de usar a estrutura do governo para ter acesso a esses documentos e divulgá-los.

Em um vídeo transmitido ao vivo pelo seu perfil no Facebook, na noite desta segunda-feira (29), Requião disse que os documentos sumiram há mais de quatro anos e admitiu a possibilidade de tê-los esquecido na Granja Canguiri, que ele usou como residência oficial enquanto ocupou o cargo de governador. Segundo ele, uma pessoa honrada teria devolvido os documentos se os achasse por acaso.

Com base nessa reclamação, Requião relatou que contratou peritos para investigar o caso e disse que provavelmente Richa tem algum envolvimento na divulgação dos documentos. Disparou mais de uma vez a frase mentiras sobre mentiras. E se queixou que o programa eleitoral foi censurado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e que seu site de campanha foi retirado do ar. Por isso, ele diz que teve que usar o perfil na rede social. O vídeo também foi transmitido pelo blog de Esmael Morais. 

Requião mostrou uma folha de papel em que diz haver um laudo de dois peritos que indicam a criação de perfis falsos para divulgar outras informações contra a candidatura do peemedebista. Usam o IP (internet protocole) da máquina da casa do Beto Richa, acusou, sugerindo que o governo estaria por trás dessa estrutura.