SÃO PAULO, SP – As autoridades japonesas suspenderam por toda a terça-feira (30) as operações de resgate no vulcão do monte Ontake, pelas condições meteorológicas e riscos de nova erupção.
“Todas as operações por terra e ar foram suspensas durante o dia de hoje”, anunciou um funcionário da prefeitura de Nagano.
Os vulcanologistas relataram tremores cada vez mais fortes no local.
O vulcão Ontake entrou em erupção de maneira surpreendente no sábado (27), provocando a morte de ao menos 36 pessoas que estavam no local.
Apenas 12 corpos foram recuperados e os demais permanecem no topo do monte. A erupção também deixou 69 feridos.
De acordo com o funcionário da Prefeitura de Nagano, as operações terrestres duraram apenas 30 minutos durante a manhã e foram suspensas por “trepidações”.
No início da madrugada aproximadamente 800 integrantes da polícia, bombeiros e Forças de Autodefesa haviam retomado as atividades de resgate, mas os trabalhos tiveram que ser suspensas às 7h (locais) por recomendação da Agência Meteorológica do Japão.
As autoridades insistiram que precisam evitar uma nova catástrofe. As imagens exibidas na televisão mostravam nuvens de vapor de cinzas, misturadas com gases tóxicos.
A agência meteorológica nipônica ressaltou que, apesar de nem sempre acontecer, “um recrudescimento dos tremores pode ser um sinal precursor de uma nova explosão”.
No sábado, no momento da erupção do vulcão do Monte Ontake, de 3.067 metros de altitude e situado entre Nagano e Gifu, quase 300 pessoas estavam a caminho do topo.
O Japão está situado no anel de fogo do Pacífico e tem em seu território mais de cem vulcões ativos e inativos.
A última grande erupção do Ontake ocorreu em 1979, quando 200 mil toneladas de cinzas foram expulsas do vulcão.