GABRIELA TERENZI SÃO PAULO, SP – Dois candidatos ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) e Paulo Skaf (PMDB) ganharam direitos de resposta no horário eleitoral por decisão do plenário do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo na sessão desta segunda (29).

O governador terá 49 segundos de resposta em dois programas de televisão reservados ao candidato Gilberto Maringoni (PSOL) por veiculação de informação ofensiva. Para a corte, a propaganda do PSOL ultrapassou o limite da liberdade de expressão ao tentar vincular Alckmin a atos violentos supostamente cometidos por policiais nas manifestações. Como quinta-feira (2) é o último dia de horário eleitoral para o primeiro turno das eleições, na prática, a decisão faz com que nenhum novo programa de Maringoni seja exibido até o dia da votação.

Paulo Skaf, por sua vez, ganhou um minuto na propaganda eleitoral de Alckmin no rádio por divulgação de informação inverídica. Segundo o entendimento que predominou na corte, a propaganda do tucano diz uma inverdade ao afirmar que o Sesi recebe verba pública. Skaf é presidente licenciado da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), responsável pela gestão do Sesi. Das decisões, cabem recursos ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

PADILHA

Também nesta segunda, o juiz Marcelo Coutinho Gordo cassou 45 segundos de inserções do candidato do PT ao governo estadual, Alexandre Padilha, por invasão do horário destinado aos deputados. As ações contra o petista foram movidas pela coligação de Alckmin. No domingo (28), Padilha ganhou um minuto de resposta na propaganda do tucano na televisão pela veiculação de informação inverídica.

A propaganda de Alckmin dizia que o número de leitos hospitalares no país caiu quando Padilha era ministro da Saúde. Para Coutinho Gordo, a afirmação leva o eleitor à conclusão errada de que o chefe da pasta tem competência para fechar leitos. Padilha havia ganhado um minuto de resposta na propaganda de Alckmin do rádio pelo mesmo motivo na semana passada.