As chuvas que atingiram o Paraná nos últimos dias estão fazendo com que a Rede Paranaense de Monitoramento Hidrometereológico – instalada pelo Governo para monitorar o nível dos rios e a quantidade de chuva – coloque em prática as ações de prevenção e alerta aos riscos de desastres naturais. Graças aos novos equipamentos como o novo radar meteorológico instalado em Cascavel, as 15 estações e o sistema de alto desempenho – entregues ao Simepar – e as 100 novas estações automáticas pluviométricas (que medem a chuva) e fluviométricas (que medem nível dos rios) adquiridas pelo Instituto das Águas, o Paraná passou para 100% de cobertura meteorológica.

Tecnologia para prever enchentes
O novo sistema envia, a cada 15 minutos, o nível da água nos rios e a intensidade de chuva, possibilitando alerta aos municípios com risco de inundações e enchentes. Foram investidos R$53 milhões na Rede que integra o Programa de Fortalecimento da Gestão de Riscos e Desastres Naturais, lançado no ano passado pelo governador Beto Richa. O programa é coordenado pela Secretaria do Meio Ambiente e desenvolvido em parceria com a Mineropar, Simepar e Coordenadoria da Defesa Civil. Ao todo, 25 cidades foram afetadas pelas chuvas desde a última quarta-feira.

#juntospelosaneamento
A Coluna Conteúdo Sustentável da última semana adiantou o problema da falta de saneamento básico existente no país. A nota Ranking do saneamento, divulgou as 20 cidades com os priores índices de saneamento no Brasil. É preciso lembrar que o acesso ao tratamento de água e esgoto é direito de todos. Agora, chamamos a atenção para a seguinte situação: segundo dados do Ministério da Educação, 450 mil crianças e adolescentes estudam em escolas sem água ou banheiro no semiárido. Para reverter este quadro revoltante, uma campanha nas redes sociais foi criada. Com a hashtag #juntospelosaneamento, celebridades compartilharam em seus perfis a importância de se levar água de qualidade e saneamento básico para as crianças do semiárido brasileiro.

Cenário do Saneamento no Brasil
A ação faz parte do projeto Vim para Unicef , uma parceria global entre Unilever e Unicef que colabora com a melhoria do saneamento em regiões onde o acesso a ele é crítico ou inexistente. Segundo relatório apresentado neste mês pela Organização das Nações Unidas para o Direito à Água e ao Saneamento, cerca de 77 milhões de brasileiros não tem acesso contínuo à água de qualidade. Regiões como o Norte e o Nordeste são as que mais sofrem com este cenário. Na região Norte, 31% da população ainda não possui fornecimento adequado de água, seguida pela região Nordeste, com 21,5% de sua população.

Só 10% das propriedades rurais do Paraná estão registradas no CAR
O secretário estadual do Meio Ambiente Antonio Caetano de Paula Junior disse no último dia 22 de setembro, na sede da Associação dos Engenheiros Agrônomos dos Campos Gerais, em Ponta Grossa, que apenas 10% das propriedades rurais do Paraná estão registradas no Cadastro Ambiental Rural (CAR). Segundo ele, o Estado possui 532.840 propriedades rurais e o prazo para fazer o CAR termina no dia 5 de maio de 2015.

Feira promove alimentação saudável em Curitiba
Acontece entre os dias 02 e 05 de outubro, na Expo Renault Barigui, a 2ª Feira de Saúde, Fitness, Alimentação e Lazer – Vivercom. O evento promove alimentos e produtos que respeitam a saúde e o meio ambiente e possibilita oportunidade para novos negócios. Na Vivercom será possível encontrar alimentos funcionais, probióticos e integrais, alimentos vegetarianos, fitoterápicos, suplementos nutricionais e linha esportiva, linhas diet e light, cosméticos naturais e outros. Mais informações pelo site http://www.comeventos.com.br

Governo Dilma não assina Declaração sobre Florestas
O governo da presidente Dilma Rousseff decidiu não assinar a Declaração de Nova York sobre Florestas. A declaração foi assinada por mais de 150 signatários, incluindo nações com grandes áreas de floresta tropical, governos regionais, multinacionais, organizações não governamentais e países influentes, entre eles, Estados Unidos e membros da União Europeia. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, justifica a negativa do Brasil dizendo que o país não foi convidado a participar da formulação do documento.

Imposto sobre carbono seria “útil” contra aquecimento global
A implementação de um imposto sobre o carbono pode ser “útil” para frear o aquecimento global sem produzir efeitos “negativos” no crescimento econômico. A afirmação foi feita pelo porta-voz do Fundo Monetário Internacional (FMI), Gerry Rice, na Cúpula do Clima, realizada na sede da ONU em Nova York, onde os dirigentes mundiais se comprometeram a redobrar os esforços para lutar contra o aquecimento climático. Antes da cúpula, 73 países e mais de mil empresas se declararam favoráveis a um sistema que permita cobrar pela emissão de carbono por meio de um imposto, ou por um sistema de cotas intercambiáveis.

Ceres Battistelli, é jornalista especializada em meio ambiente e coordenadora de comunicação da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos.