SÃO PAULO, SP – Cruzeiro e Atlético-MG foram punidos nesta quarta-feira (1) pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) com a perda de um mando de campo cada pelos incidentes entre torcedores dos dois times no clássico do dia 21 de setembro, no Mineirão. Além disso, os clubes terão de pagar multa de R$ 50 mil pela confusão na vitória por 3 a 2 do Atlético-MG, em partida válida pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Com a pena, o Cruzeiro deve atuar fora do Mineirão contra o Palmeiras, no dia 22. Já seu arquirrival deve cumprir a pena no jogo contra o São Paulo, no dia 12.

O resultado do julgamento provocou de certa forma alívio nos clubes mineiros, que corriam risco de serem impedidos de jogar em casa por até 20 jogos cada. Os clubes responderam por desordens (quebra de cadeiras e tentativa de invasão a bares) e lançamentos de objetos (bombas) por parte das suas torcidas.

O árbitro do clássico mineiro, Marcelo de Lima Henrique, citou na súmula os problemas causados pelas duas torcidas durante a partida. “Interrompi a partida aos 41 minutos do primeiro tempo, após ouvir estouros de artefatos explosivos que vinham da divisa das duas torcidas. Solicitei a administração do estádio e ao policiamento encarregado que tomassem as devidas providências para o prosseguimento da mesma, avisando no sistema de som e reforçando o policiamento na área de divisão das duas torcidas”, escreveu o árbitro na súmula. “Após as medidas, não houve mais nenhum incidente relacionado ao uso de artefatos explosivos, transcorrendo a partida normalmente. Ao final da partida fui informado pelo Sargento PM Bárcaro, comandante do policiamento interno do estádio, que os artefatos explosivos foram lançados pelas torcidas Galoucura, do Clube Atlético Mineiro, e Pavilhão Independente, do Cruzeiro Esporte Clube, uma contra a outra, não sabendo precisar quem iniciou o citado confronto”, disse.

Segundo a administração do Mineirão, cerca de 100 cadeiras foram quebradas no estádio durante a partida.