SEVERINO MOTTA
BRASÍLIA, DF – Por 4 votos a 3 os ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) absolveram nesta quarta-feira (1) o servidor Cássio Parrode Pires, que teria usado computadores do Palácio do Planalto para levantar o nome de prefeitos que aderiram, em junho, ao movimento “Aezão”.
O caso, revelado pelo Jornal “O Globo”, mostrou que Pires, assessor da Secretaria de Relações Institucionais, pediu à assessoria de imprensa do PMDB a lista com os prefeitos que participaram de um evento no Rio de Janeiro em apoio às candidaturas do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) e do senador Aécio Neves (PSDB-MG).
Apesar da representação eleitoral alegar conduta vedada ao servidor, a maioria dos ministros entendeu que não houve irregularidade na ação pois nenhum candidato teria sido beneficiado com a ação.
O presidente do TSE, Dias Toffoli, e o ministro Gilmar Mendes, no entanto, fizeram duras críticas à situação e disseram que a lista foi pedida pelo Palácio do Planalto para pressionar os prefeitos.
“Não preciso dizer que isso é indevido, que isso é pouco republicano. A atuação da Justiça Eleitoral tem que ser muito mais preventiva, tomar medidas logo, que desestimule esse tipo de pistolagem. Estrutura-se um grupo para pressionar e usar estrutura do governo para essa finalidade. É um episódio que indica atos preparatórios de uso da máquina pública na campanha”, disse Mendes.