SÃO PAULO, SP – A General Motors anunciou que abriu na quarta-feira (1º) programa de demissão voluntária (PDV) para os funcionários das fábricas de São Caetano do Sul e São José dos Campos (SP). De acordo com a empresa, a medida tem como objetivo adequar a produção à atual demanda do mercado. A GM não informa qual a meta de funcionários que espera que entrem no PDV, nem o prazo de duração. A Ford também iniciou uma nova rodada de férias coletivas de sua fábrica em São Bernardo do Campo. Cerca de 3.500 funcionários não irão trabalhar entre 3 e 13 de outubro. No início de setembro, a Ford já havia paralisado a produção durante cinco dias. Outra montadora que estuda interromper parte de sua produção durante os próximos dois meses é a Mitsubishi, que possui fábrica em Catalão (GO). A empresa confirma que está considerando conceder férias coletivas para os funcionários, mas ainda não possui previsão de quando a parada deve acontecer. Porém, de acordo com o sindicato que representa os metalúrgicos da região, essa paralisação já foi definida e ocorrerá no período entre 14 e 24 de outubro. A Mercedes-Benz também estuda prorrogar em novembro o prazo da suspensão temporária de contrato de outros 1.200 empregados da fábrica de São Bernardo do Campo (SP) que também estão estão em regime de “layoff” desde maio. CASOS RECENTES Com a queda nas vendas e nas exportações de automóveis, as montadoras voltam a paralisar a produção, apesar de o período tradicional de férias coletivas de fim de ano estar próximo. Na semana passada, Volkswagen e Renault anunciaram que irão interromper temporariamente suas linhas de montagem em São José dos Pinhais (PR). Em ambas, o motivo é o ajuste do estoque em relação à demanda do mercado. No caso da montadora francesa, as férias coletivas irão durar dez dias (de 13 a 22 de outubro), abrangendo 2.500 funcionários da linha de montagem de carros e 500 da fábrica de motores. Durante o período, cerca de 10 mil veículos e 12 mil motores deixarão de ser produzidos. A Volkswagen ainda não divulgou a data exata para o início das férias coletivas em São José dos Pinhais, mas estima que a parada aconteça entre meados de outubro e o início de novembro, afetando o primeiro turno da fábrica.