A produção industrial do Paraná na passagem de julho para agosto, série com ajuste sazonal, avançou 2,1%, acompanhando a tendêndica de crescimento apresentado em 10 dos 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estado, junto com Rio Grande do Sul (4,2%), Goiás (3,3%),  Espírito Santo (3,2%), Ceará (2,8%), Pernambuco (2,7%), Pará (2,0%) e São Paulo (0,8%) também apontaram taxas positivas mais intensas do que a média nacional (0,7%), enquanto Santa Catarina (0,5%) e Minas Gerais (0,1%) mostraram avanços mais moderados.

Por outro lado, Amazonas (-4,5%), Bahia (-4,2%), Rio de Janeiro (-1,6%) e Região Nordeste (-1,2%) assinalaram as taxas negativas nesse mês, após apontarem crescimento no mês anterior: 16,6%, 4,1%, 1,1% e 5,6%, respectivamente.

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria mostrou variação negativa de 0,1% no trimestre encerrado em agosto frente ao nível do mês anterior, após também registrar resultados negativos em abril (-0,3%), maio (-0,6%), junho (-1,0%) e julho (-0,6%). Em termos regionais, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, sete locais apontaram taxas negativas, com destaque para as perdas vindas de São Paulo (-0,7%), Pernambuco (-0,5%), Bahia (-0,4%) e Minas Gerais (-0,4%). Por outro lado, Espírito Santo (3,6%), Rio de Janeiro (1,7%), Rio Grande do Sul (1,1%) e Ceará (1,0%) assinalaram os resultados positivos mais intensos em agosto de 2014.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial mostrou queda de 5,4% em agosto de 2014, com perfil disseminado de resultados negativos em termos regionais, já que 11 dos 15 locais pesquisados apontaram queda na produção. Vale citar que agosto de 2014 (21 dias) teve um dia útil a menos do que igual mês do ano anterior (22).

Nesse mês, os recuos mais intensos foram registrados por Paraná (-10,3%), Bahia (-9,7%), São Paulo (-8,6%) e Amazonas (-8,0%), pressionados, em grande parte, pela redução na produção dos setores de veículos automotores, reboques e carrocerias (automóveis, caminhões e caminhão-trator para reboques e semirreboques) e de produtos alimentícios (açúcar cristal e VHP, rações, bombons e chocolates em barra), no primeiro local; de veículos automotores, reboques e carrocerias (automóveis), no segundo; de veículos automotores, reboques e carrocerias (automóveis, caminhões, caminhão-trator para reboques e semirreboques e autopeças), no terceiro; e de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (televisores, telefones celulares, rádios para veículos automotores e relógios de pulso), de outros equipamentos de transporte (motocicletas e suas peças e acessórios) e de bebidas (preparações em xarope para elaboração de bebidas para fins industriais), no último.

Rio Grande do Sul (-7,4%), Santa Catarina (-6,0%) e Minas Gerais (-5,5%) também assinalaram quedas mais acentuadas do que a média nacional (-5,4%), enquanto Região Nordeste (-4,1%), Ceará (-1,3%), Pernambuco (-1,1%) e Rio de Janeiro (-0,7%) completaram o conjunto de locais com taxas negativas. Por outro lado, Espírito Santo (13,7%) assinalou o avanço mais intenso nesse mês, impulsionado, em grande parte, pelo comportamento positivo vindo do setor extrativo (minérios de ferro pelotizados e óleos brutos de petróleo). Os demais resultados positivos foram observados no Pará (6,0%), Goiás (3,7%) e Mato Grosso (0,1%).

No indicador acumulado para o período janeiro-agosto de 2014, frente a igual período do ano anterior, a redução na produção nacional alcançou nove dos 15 locais pesquisados, com quatro recuando com intensidade superior à da média da indústria (-3,1%): São Paulo (-5,7%), Paraná (-5,6%), Bahia (-5,3%) e Rio Grande do Sul (-5,3%). Rio de Janeiro (-3,0%), Santa Catarina (-2,4%), Minas Gerais (-1,9%), Ceará (-1,5%) e Região Nordeste (-0,9%) completaram o conjunto de locais com resultados negativos no fechamento dos oito meses de 2014.

Nesses locais, o menor dinamismo foi particularmente influenciado por fatores relacionados à redução na fabricação de bens de capital (em especial aqueles voltados para equipamentos de transportes – caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões e veículos para transporte de mercadorias), bens intermediários (autopeças, produtos têxteis, produtos siderúrgicos, produtos de metal, petroquímicos básicos, resinas termoplásticas e defensivos agrícolas) e bens de consumo duráveis (automóveis, eletrodomésticos da linha branca, motocicletas e móveis). Por outro lado, Pará (10,6%), Pernambuco (2,1%), Amazonas (1,7%), Espírito Santo (1,6%), Mato Grosso (1,1%) e Goiás (0,5%) assinalaram as taxas positivas no índice acumulado do ano.

A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, com o recuo de 1,8% em agosto de 2014, manteve a trajetória descendente iniciada em março último (2,0%) e assinalou o resultado negativo mais intenso desde dezembro de 2012 (-2,3%). Em termos regionais, oito dos 15 locais pesquisados apontaram taxas negativas em agosto desse ano e dez assinalaram menor dinamismo frente ao índice de julho último.

As principais perdas entre julho e agosto foram registradas por Bahia (de -1,7% para -3,1%), Paraná (de -1,0% para -2,3%), Ceará (de 3,4% para 2,2%), Rio Grande do Sul (de 0,2% para -1,0%), Amazonas (de 5,3% para 4,4%) e São Paulo (-2,7% para -3,6%), enquanto Espírito Santo (de -1,4% para 0,3%) mostrou o maior avanço entre os dois períodos.