FABIO BRISOLLA RIO DE JANEIRO, RJ – O ministro Luís Roberto Barroso do STF (Supremo Tribunal Federal) afirmou nesta segunda-feira (20) que deve haver um limite para a delação premiada.

Sem falar diretamente sobre a investigação sobre corrupção dentro da Petrobras –que avançou graças à possibilidade da delação– Barroso avaliou que este tipo de mecanismo não pode ser usado de forma desproporcional. “Num Estado democrático de direito, para tudo há um limite, nada é absoluto. Não acho que a delação premiada possa funcionar como um ‘bill’ de indenidade: eu cometo um crime, depois confesso, acuso alguns e estou fora”, exemplificou o ministro, que nesta segunda-feira (20) participou a 22ª Conferência Nacional dos Advogados.

Barroso mencionou, no entanto, que muitas nações democráticas, como Itália e Estados Unidos, fazem uso da delação premiada. “Se usada na medida certa, é um mecanismo positivo”, afirmou o ministro.