SÃO PAULO, SP – A Consultoria ISS (Institutional Shareholder Services) recomendou nesta segunda-feira (20) que acionistas votem a favor da fusão entre as produtoras de banana Chiquita, dos Estados Unidos, e Fyffes, da Irlanda.
A decisão destoa do discurso defendido pela mesma consultoria no começo de setembro, quando o grupo disse que a distribuidora americana, a maior produtora de banana do mundo, não deveria fechar o acordo com a irlandesa.
As informações são do blog “Dealbook”, do jornal “The New York Times”.
Agora, a ISS sugere que os acionistas desconsiderem a proposta feita pela brasileira Cutrale-Safra para adquirir a Chiquita.
PROPOSTA BRASILEIRA
Na semana passada, o consórcio formado pela produtora de laranja Cutrale e o banco Safra apresentou uma proposta de US$ 14 por ação em dinheiro para comprar a distribuidora, elevando o valor de mercado da companhia americana para US$ 658 milhões.
As empresas disseram então que a proposta era “definitiva”. Ela é, em dinheiro, US$ 1 por ação superior à proposta anterior, feita em agosto.
No dia seguinte, o Conselho de Administração da Chiquita considerou, por unanimidade, inadequada a oferta brasileira. Segundo o Conselho, ela não atende aos melhores interesses dos acionistas da empresa.
INSUFICIENTE
De acordo com o “Dealbook”, a consultoria ISS concluiu que a oferta do grupo brasileiro “não oferece compensação suficiente aos acionistas da Chiquita para garantir a desistência da potencial valorização da transação com a Fyffes”.
Segundo a ISS, a proposta brasileira não parece ser suficiente para ultrapassar o valor futuro da combinação da Chiquita e da Fyffes, como indicam previsões para o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 2016 das duas companhias.
Os acionistas da Chiquita votarão a fusão com a Fyffes em um encontro marcado para a próxima sexta-feira (24).