Dos 113 mil moradores das 13 cidades afetadas, 1.645 permanecem desalojadas, de acordo com o último boletim da Defesa Civil. As chuvas da tarde de sexta-feira, 17, deixaram 4.389 casas destruídas. Destas 3.600 estão localizadas em Campo Largo, cidade mais afetada pela chuva de granizo. A Prefeitura estima um prejuízo de R$ 12 milhões com relação aos estragos causados no Centro Administrativo e na frota municipal. No comércio e na indústria, esse número é incalculável.
 
De acordo com o Prefeito Affonso Portugal Guimarães, o prejuízo para o município é irreparável. Diante do ocorrido, a Prefeitura, em parceria com a Defesa Civil e os demais órgãos, está trabalhando para minimizar os estragos, mas precisamos da compreensão e mobilização de todos para o restabelecimento da normalidade o mais rápido possível, diz.
 
Decretamos estado de emergência. Nosso Centro Administrativo, nossas escolas, nossos postos de saúde, nossa frota de veículos, tudo foi bastante danificado. Vamos levar algum tempo até nos recuperar, finaliza a autoridade.
 
Entre os locais mais afetados, o Centro Administrativo chama a atenção. Os 14 blocos do local sofreram com perfurações e infiltrações causadas pelo granizo e pela chuva. O atendimento ao público está comprometido pelo menos até o fim desta semana.
 
Outro local que foi bastante castigado pelas chuvas foram as escolas. Várias delas foram atingidas e não darão expediente nos dias 20, 21 e 22. São elas:
 
CEEBJA Domingues Cavalli, Colégio Estadual São Pedro e São Paulo, Colégio Estadual Sagrada Família, Colégio Estadual Darlei Adad, Colégio Estadual Clotário Portugal, Escola Especial ERCE, Escola Municipal Rosália Remonato, Escola Municipal Reino da Loucinha, Escola Municipal Sete de Setembro, Escola Municipal Madalena Portela e Escola Municipal Anchieta. Entre os Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI) e Creches Vitor de Almeida Barbosa, Mariinha, Odila Portugal e Ouro Verde.
 
Nos Colégios Estaduais Macedo Soares e João XXIII, as aulas não acontecem somente no dia 20. Nos demais estabelecimentos de ensino público haverá aula normalmente.
 
De acordo com o secretário municipal de Educação,Cultura e Esporte, Avanir Mastey, este prazo é o necessário para corrigir avarias e fazer o levantamento de situações mais complexas.
 

Diante de todo o ocorrido, precisamos da compreensão e da mobilização de todos para que o mais rápido possível nós possamos voltar a normalidade. Lamentamos os prejuízos, mas agradecemos por não haver vítimas fatais. É triste isto ter ocorrido num dia de recesso em homenagem ao dia dos Professores, diz.
 
É extremamente importante que a comunidade escolar fique atenta para mais esclarecimentos nos próximos dias, pois algumas escolas vão precisar de um tempo maior para voltar a funcionar, finaliza o secretário.
 
As Unidades Básicas de Saúde (USB) foi outro local que sofreu bastante com a força das chuvas. No total, seis unidades foram danificadas. O Posto de Saúde do Centro, o mais atingido, não atenderá a população nesta semana.
 
O Centro Médico Hospitalar foi todo destelhado e está atendendo somente casos de extrema urgência. A central de Medicamentos do Município estima um prejuízo de 400 mil reais em medicamentos.
 

Soliedariedade
Se por um lado as fortes chuvas castigaram a população do município, por outro, a sinergia criada em torno de doar e ajudar as famílias afetadas também foi impactante.
 
Buscando facilitar o atendimento, a Prefeitura montou uma grande base para receber e distribuir as doações no Centro da Juventude Bom Jesus. Lá, as pessoas podem levar e buscar lonas, telhas, colchões, roupas, produtos de limpeza e higiene pessoal, entre outros. No total, cerca de 600 voluntários se revezaram durante todos os dias, atendendo cerca de 2.500 pessoas.
 
Todo o trabalho realizado é coordenado pela Prefeitura municipal—através das secretarias municipais— em parceria com o Programa do Voluntariado Paranaense (Provopar), Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Exército, além dos voluntários.