O homem brasileiro tem mais medo de ficar impotente do que ser traído pela mulher ou perder o emprego, revela pesquisa patrocinada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). A sondagem ouviu 3.500 homens com mais de 40 anos, em sete cidades do País.

Dos entrevistados, 28% responderam que o maior receio era ficar impotente. Para 25%, ser traído é o principal temor. O mesmo percentual se aplicou ao item perder o emprego, enquanto, para 18%, a maior aflição se relaciona ao medo de sofrer um assalto. 

Mas nem todos pensam igual. Enquanto 56% dos cariocas e dos gaúchos têm mais medo da impotência, para os homens de Salvador o pior é ser traído (42%).

51% NÃO VÃO AO MÉDICO

— Ainda hoje existe muito preconceito. Muitas vezes, o machismo impede o cuidado com a própria saúde. O homem precisa ter consciência de que exames como o de toque não vão fazer com que ele perca a virilidade — afirmou o urologista urologista Sergio Iankowisk.

Apesar do risco de impotência rondar a maioria dos entrevistados, 51% não vão ao médico urologista ou ao cardiologista. E 14% passaram por uma consulta há mais de um ano, enquanto 6% estiveram em um consultório há mais de dois anos.

Dos problemas de saúde que mais preocupam, a falta de ereção (16%) só perde para o câncer (20%). O infarto (14%) e o derrame cerebral (10%) também foram citados por eles. A calvície preocupa tanto quanto a obesidade e diabetes, com apenas 4% cada.

A pesquisa da SBU mostrou a falta de conhecimento masculino sobre os sintomas da andropausa (83%), caracterizada pela queda dos níveis de testosterona no organismo e que, em geral, se manifesta na forma de irritação, cansaço e diminuição da libido.