DANIELA LIMA SÃO PAULO, SP – Depois de rebater por dias de forma velada os ataques que vem sofrendo na propaganda oficial do PT e nas redes sociais, o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, afirmou nesta quarta (22) em seu horário eleitoral que é vítima de “atentados” à sua honra, família e biografia promovidos pela campanha da presidente Dilma Rousseff. A mudança na estratégia ocorre depois de o Datafolha indicar queda de Aécio em diversos setores do eleitorado. Na TV, o tucano rebateu acusações de que acabará com os bancos públicos e com programas sociais. Também se defendeu de insinuações sobre sua vida pessoal e das acusações de que é “agressivo” com mulheres. O tucano disse ainda que Dilma tenta jogar “na lama” o nome de sua família. “Chegaram a insinuar de forma covarde que eu poderia ser desrespeitoso com as mulheres”, afirmou o tucano, que afirmou depois que isso era uma ofensa à sua mulher, sua filha, sua mãe e suas irmãs. Aécio tentou ainda equiparar os ataques que vem sofrendo aos que foram feitos contra a ex-senadora Marina Silva e ao ex-governador Eduardo Campos (PSB-PE) no primeiro turno. “Espalham o medo e partem para ataques pessoais em vez de debater propostas”, solidarizou-se Marina, que apareceu no programa de Aécio. O programa exibido nesta quarta será usado novamente na TV. A partir disso, o tucano vai adotar tom propositivo, na tentativa de mostrar ao eleitor que, enquanto Dilma trabalha para destruí-lo, ele “pensa no Brasil”. DILMA A propaganda eleitoral petista, por sua vez, focou no envolvimento da militância nesta reta final. Foram exibidas imagens de Dilma em evento em Recife, na última terça-feira (21), e em São Paulo, na segunda, em carreata em Itaquera e em encontro com artistas e intelectuais no no teatro Tuca. Deste último, foi mostrado o trecho em que a presidente foi até a janela, acenar para o público, e entre gritos de “quem não pula, é tucano”, ela pulou. O programa mostrou ainda a cantoria de artistas que apoiam o PT e pouco da presidente falando, já que a sigla foi punida pelo TSE com perda de tempo na TV.