SÃO PAULO, SP – O volume do sistema Cantareira voltou a cair nesta quinta-feira (23). Desta vez, segundo boletim divulgado pela Sabesp, o nível de água nas represas que compõem o sistema atingiu 3%. A queda foi de 0,2 ponto percentual ante o volume represado na quarta-feira (22).
No acumulado mensal, choveu no sistema 25,2 mm. Ou seja, desde o começo do mês de outubro choveu cerca de 19% do volume médio esperado para os 31 dias -segundo a Sabesp, o volume médio de chuva para este mês é de 130,8 mm.
Outro reservatório que está cada dia mais vazio pela seca é o Alto Tietê. Nesta quinta, o volume das represas que compõe o sistema atingiu o nível de 8,2% -0,2 ponto percentual menor do que o registrado na véspera.
Diferentemente do sistema Cantareira, de um dia para o outro não choveu no manancial e a chuva acumulada em outubro representa 16% do volume esperado para o mês de outubro -de acordo com a Sabesp a expectativa até o fim do mês é que chova 117,1 mm no Alto Tietê.
Caso continue se esgotando no mesmo ritmo dos últimos dois meses, ele deve acabar antes do sistema Cantareira -que, com a segunda cota do “volume morto”, pode durar até abril de 2015.
Juntos, o Cantareira e o Alto Tietê abastecem mais de 11 milhões de pessoas nas cidades que compõe a Grande São Paulo.
VOLUME MORTO 2
A Sabesp está fazendo obras na represa Jacareí, no interior de São Paulo, para viabilizar o uso do segundo “volume morto” do sistema Cantareira, reserva que tem 106 bilhões de litros de água.
Um conjunto de bombas potentes vai sugar a água armazenada nas partes mais profundas do reservatório e levá-la à altura do nível de 815 metros, onde está sendo construída uma caixa de dissipação (estrutura usada para controlar o escoamento da água).
De lá, a água seguirá até uma outra parte da represa, onde foram instaladas bombas para o uso do primeiro “volume morto”, reserva técnica localizada abaixo dos pontos de captação dos reservatórios.