FABIO BRISOLLA
RIO DE JANEIRO, RJ – O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que a presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) vai chegar em uma posição confortável para o debate com Aécio Neves, marcado para a noite desta sexta-feira (24) na TV Globo.
“Estamos bem posicionados. Nossa campanha agora passa por um bom momento”, disse Cardozo, ao chegar no início da tarde desta quinta-feira (23) ao hotel Windsor, na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio), onde a candidata do PT ficará hospedada até sábado (25).
Mais cedo, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, chegou para a reunião e afirmou que a presidente está “animada” e que recuperou a voz, afetada por uma rouquidão constante nos últimos dias.
Integrante da coordenação da campanha petista, Cardozo veio se juntar à equipe que auxilia a presidente na preparação para o último debate antes da eleição deste domingo (26). Ele disse que a tendência é o predomínio de um tom propositivo na discussão entre os candidatos, com enfoque nas propostas de governo.
Ao ser questionado se um equilíbrio no debate favoreceria a presidente [que aparece em empate técnico, mas numericamente à frente do tucano Aécio Neves segundo pesquisa Datafolha, Cardozo disse que Dilma vai “jogar para ganhar o debate” da TV Globo.
“Na análise comparativa, dos históricos dos governos petistas e tucanos, nós levamos a melhor. E as críticas que recebemos são bem respondidas”, disse Cardozo.
O ministro falou sobre o atraso do governo federal na divulgação de índices de órgãos como os ministérios da Educação (associado ao desempenho de alunos) e do Meio Ambiente (relativos ao desmatamento) citado nesta quinta-feira (23) em reportagem da Folha de S.Paulo.
“A questão do Ministério do Meio Ambiente foi esclarecida. Era uma questão de metodologia. Não há nenhuma tentativa de ocultar ou ausência de transparência em nada”, comentou. Cardozo também avaliou o rebaixamento da nota de crédito da Petrobras pela agência de classificação de risco Moody’s, anunciada na última terça-feira (21).
“Foi meramente episódico [o rebaixamento da companhia]. A Petrobras é uma empresa sólida, com um futuro imenso pela frente com o pré-sal. Não se pode depreciar uma empresa como a Petrobras com a perspectiva que ela tem diante de si”, concluiu o ministro.