Depois do governador Beto Richa (PSDB), ontem foi a vez do prefeito Gustavo Fruet (PDT) anunciar corte de gastos para garantir o fechamento das contas da prefeitura de Curitiba neste final de ano. Fruet assinou decreto que prevê o corte de 10% nas despesas de custeio de todas as secretarias e órgãos da administração direta e indireta, a extinção de secretarias – Relações com a Comunidade e Habitação – e a devolução de veículos oficiais. O novo decreto proíbe ainda a criação de cargos comissionados ou funções gratificadas e restringe as viagens de membros da administração apenas às destinadas a obtenção de receita.
Desde que assumimos estamos tomando uma série de medidas para eliminar gastos e ampliando a qualidade do serviço prestado. Herdamos uma dívida de quase meio bilhão de reais da administração anterior e isso também tem que ser equacionado, alegou o secretário de Planejamento e Administração, Fábio Scatolin.
Após a posse em janeiro de 2013, Fruet já havia baixado medidas que segundo o Executivo, já resultaram em economia de R$ 248 milhões. Com o novo decreto, a redução de gastos com custeio irá superar 30% desde o início da atual gestão. No ano passado, o prefeito já extinguiu a secretaria de Relações Institucionais. Neste ano foram extintas as secretarias Antidrogas e da Copa. Fruet ainda fundiu as secretarias de Planejamento e Administração.
Também é contemplada a devolução ao Contrans – empresa que terceiriza os veículos para a prefeitura – cerca de cem carros, o que vai diminuir em aproximadamente 15% a frota de automóveis mantida atualmente pela prefeitura.
Fruet também encaminhou à Câmara Municipal projeto que permite a contribuintes parcelarem em até 12 vezes sem juros, ou em até 10 anos, com juros variáveis de 0,4% a 1,2% ao mês, dívidas com o IPTU e ISS. A estimativa é arrecadar R$ 200 milhões com a medida.