BRASÍLIA, DF – O governo alterou nesta quinta-feira (30) regra sobre o limite de exposição de bancos públicos e privados a empresas controladas pela União, como a Eletrobras, Petrobras e Correios, por exemplo.
Na prática, a medida tem o potencial de ampliar a oferta de crédito a essas empresas e possibilita aos bancos uma análise de risco mais detalhada desses clientes.
Pela nova norma, aprovada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), entidades controladas pela União, direta ou indiretamente, deverão ser tratadas como clientes distintos pelos bancos. Antes, todo o crédito colocado à disposição dessas empresas ficava na conta da União.
Dessa forma, o limite para emprestar ou comprar ações, que é de 25% do patrimônio do banco por cliente, será respeitado de forma isolada.
As entidades controladas pela União deverão ser tratadas como um único cliente apenas quando apresentarem relação de dependência econômica entre si, informou o Banco Central.
A União, por sua vez, será tratada como um cliente independentemente das entidades que controla.
Segundo Caio Ferreira, chefe do Departamento de Regulação Prudencial e Cambial do BC, a resolução aprovada segue orientação internacional e não deve ter grande impacto, já que há muita margem no sistema financeiro.