Duas empresas e duas marcas de leite vendidas no Paraná estão entre as onze investigadas na terceira fase da Operação Leite Adulterado, desencadeada em Santa Catarina e Rio Grande do Sul há dez dias. Nesta quinta-feira, o Ministério Público divulgou os nomes das companhias. As marcas vendidas no Paraná, que podem ter tido adulteração no leite, são a Danone e a Shefa, do interior de São Paulo, e as companhias G.O.P./Arbalat e Szura, do oeste paranaense. De acordo com a promotoria, as empresas podem ser responsabilizadas caso se comprove que usaram carregamentos adulterados. A informação éda Bandnews Curitiba.

As companhias paulistas Shefa e Danone não responderam aos pedidos de informações feitos pela reportagem da BandnewsCuritiba. A G.O.P./Arbalat, da cidade paranaense de Toledo, afirmou que ainda não foi notificada pelo Ministério Público. E a Szura, do município de Candói, disse que deixou de comprar leite dos produtores catarinenses desde o começo do ano. Ainda segundo o promotor Fabiano Baldissarelli, os produtores usavam vários métodos para adulterar o leite, como a adição de água oxigenada, soda cáustica e água.
Durante esta fase da operação, nos últimos dez dias, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado prendeu 16 pessoas, entre produtores, químicos e transportadores. Destes, sete colaboraram com as investigações e foram liberados. Além desta operação, outras já foram realizadas na região sul do país para coibir a adulteração de leite, como as fases um e dois da Leite Adulterado, em Santa Catarina, e as três da Leite Compensado, no Rio Grande do Sul.

Terminada esta fase da investigação, agora o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento deve rastrear os lotes de leite adulterado, para saber se foram realmente usados ou descartados.