Enit – Agência Nacional Italiana de Turismo – fez promoção em São Paulo para marcar a continuidade da parceria entre o Clube Itália Brasil e a região da Umbria. Salvatore Costanzo, diretor Enit para a América Latina, estima para 2015 um aumento de 40% no número de brasileiros viajando para o coração verde da Itália.

Integram o Clube Itália Brasil as operadoras Agaxtur, Flot, Monark, New Age e Soft Travel. Eduardo Barbosa, diretor da Flot, é o porta voz do pool de operadoras e destaca roteiros em vilas medievais, marcas da cultura etrusca na arquitetura, viagens dedicadas ao vinho, azeite e trufas, junto com a gastronomia regional.

A região da Umbria é montanhosa, com várias colinas, uma paisagem rica em floresta e fontes de água. Cruzada pelos Apeninos, ganha assim muito vales. O lago Trasimeno é o maior.

Tendo Perugia como capital regional, destaca Terni, na província de mesmo nome. A Umbria tem influências culturais herdadas da civilização etrusca, que o turista vai encontrare em Todi, Bettona, Orvieto e Perugia. Spoleto guarda as mais importantes ruínas romanas. Spello é cidade onde os romanos deixaram marcas importantes e a Roma antiga está presente também em Assisi e Gubbio.

A arquitetura romanesca está em toda parte, desde o início do século vinte, como a bela catedral de Spoleto e Assisi, St. Silvestro e St. Michele em Bevagna. O estilo gótico alcançou alto nível e exemplos dessa fase estão por toda parte. A Renascença está presente em magníficos monumentos em Perugia, Gubbio, Todi.

Fotos: Dayse Regina Ferreira

Mansões e castelos foram transformados em hotéis

MUSEUS
Perugia tem na Galeria Nacional da Umbria um dos acervos mais importantes de pinturas góticas, com obras primas de Ducio di Boninsegna, Beato Angelico, Piero della Franscesca. O Museu Nacional de Arqueologia da Umbria guarda uma rica coleção de arte etrusca.

Assisi, terra natal de São Francisco, um dos maiores santos do Cristianismo, tem como atração principal a Basílica de San Francesco, com afrescos de Giotto, mostrando 28 pinturas sobre a vida do santo. É preciso visitar a Pinacoteca Civica e o Museu da Catedral.

Spoleto tem a Galeria de arte contemporânea e Gubbio destaca o Museu Cívico, com o famoso conjunto Eugubine tables, sete placas de bronze do segundo século antes de Cristo. Foligno oferece como atração o Museu Arqueológico e a Pinacoteca Cívica.

ROTEIRO
Rica em história e em natureza, a Umbria tem a Cascata de Marmore, a mais alta da Itália, além das fontes de Clitunno e o Monte Subasio. Também se destacam a Basilica de Santa Maria degli Angeli e a Rocca Magiore.

Na antiga cidade de Spoleto, o Teatro Romano e o Arco Druso. Perto de Perugia, uma das atrações é o Ipogeo dei Volumini, uma tumba etrusca.


Só 3 horas distante de Roma, a Umbria combina cidades no alto de montes, envoltas pelo verde dos campos e plantações

UMBRIA – A VERDADEIRA ITÁLIA
Se o brasileiro ouvir falar de Giovanni di Bernardone, de família originária de Lucca, e de Chiara di Favarone di Offrederacio, família de Assis, provavelmente não saberá do que se trata. Mas quem ouvir São Francisco e Santa Clara vai identificar logo a cidade de Assis, mesmo sem saber que fica na Úmbria.

A Umbria, chamada de coração verde da Itália, é um misto de Toscana e Provença, oferecendo tudo o que o viajante procura. Uma das regiões mais bonitas da Itália, onde a qualidade de vida ainda respira o ar puro dos campos e o progresso não alterou o ritmo do dia a dia. É o centro geográfico e espiritual do país de Dante Aleghieri e combina pintura, arquitetura, escultura, história, gastronomia, artesanato, autenticidade: tudo está lá, esperando pelo turista brasileiro.

Que começa a olhar com mais interesse para esta região tão privilegiada, distante cerca de 3 horas de carro de Roma e duas horas de Civitavecchia (perfeito programa para antes de um cruzeiro pelo Mediterrâneo, por exemplo).


Pontes, aquedutos, monumentos, igrejas: a Umbria é feita em camadas de culturas, séculos de história

A Úmbria é um museu. Mas é também uma imensidão de campos cobertos de parreirais, oliveiras e até tabaco.O verde é uma constante, a mesa é simples, forte e generosa e o ponto alto da gastronomia local é o diamante negro, o tartufo, a trufa. Nascendo debaixo da terra, junto das raízes do carvalho, é caçado com ajuda de cachorros treinados, que mostram o local onde se esconde a aromática e cara iguaria ( o tartufo pode custar até 5 mil euros o quilo: mais de 15 mil reais). Tudo depende do tipo, do aroma, da qualidade. A época de provar cogumelos selvagens como o fungo porcini e as trufas é o outono, ou seja, agora.

Na Antiguidade os romanos abriram a Via Flaminia, ligando a região à capital do império. Hoje o turista viaja sobre o asfalto, em modernas rodovias. Umbria vibra como uma luz na civilização que nasceu no fim da Idade Média, gerando a Renascença. Mudou a pintura das figuras chapadas, unilaterais, sempre de perfil, para mostrar perspectivas, um Homem consciente, uma nova visão do ser humano, que se afirmou entre os séculos XI e XVI, talvez a maior revolução da história da Humanidade.

São temas que estão nos afrescos das catedrais e das igrejas românicas, nas obras de Pinturicchio, esculturas de Andréa Pisano, afrescos de Giotto, pinturas de Ottaviano Nelli. E nas praças, como em Perugia ( capital da Úmbria), onde as fontes são assinadas por Giovanni Pisano.


Na terra de São Francisco de Assis, o contraste entre a pobreza do santo, e a riqueza da basílica, com um incrível acervo de obras de arte

UMBRIA É ÚNICA
Uma das poucas regiões da Itália sem contato com o mar e sem fronteira com outros países, a Úmbria faz do passado histórico medieval sua principal atração, presente em todas as esquinas. O que quer dizer que você vai subir muitas escadarias, passar por muitas ruas de calçadas irregulares e enfrentar muitas ladeiras íngremes. E tudo vai valer a pena.O povo acolhedor e simples se orgulha de morar na vera Itália e de ser o melhor italiano do país. O rio Tevere e o Lago Trasimeno ( o quarto maior da Itália) substituem as praias de outras regiões.

A Úmbria deu ao mundo São Francisco, o mais amado dos santos, propagador da pobreza e da humildade, mas que foi homenageado com uma suntuosa basílica, o ponto turístico mais procurado da região. A basílica começou a ser construída 2 anos após a morte do santo, em 1228, e recebeu obras de Cimabue, Simone Martini, Pietro Lorenzetti e Giotto, cujos afrescos A Vida de São Francisco estão entre os mais famosos da Itália. Nem é preciso dizer que a basílica é um dos santuários cristãos mais famosos do mundo.

A cripta, visitada pelos peregrinos, guarda o túmulo de São Francisco. A cidade de Assis, medieval, está cheia de praças com fontes, casas com gerânios nas janelas, templo romano da época de Augusto, e entre outras igrejas, a Basílica di Santa Chiara, que guarda no seu interior roupas e objetos pessoais de São Francisco (o Irmão Sol) e de Santa Clara (Irmã Lua).


Marina Cala, Salvatore Costanzo (Enit), Raffaella Rossi (Umbria), Alessandra Tortora (Alitalia) e Eduardo Barbosa (Flot)

A cidade foi fundada pelos umbros, recebeu influência dos etruscos, que a dominaram durante séculos, mas recebeu identidade definitiva dos romanos. No município de Assisiun, como era chamada pelos romanos, ainda se pode ver o templo de Minerva, deusa da razão, das artes e da literatura, templos pagãos, Fórum Romano, anfiteatro, aquedutos e antigas muralhas romanas.

O brasileiro costuma visitar Assis durante 2 horas e seguir para outros pontos turísticos da Itália, esquecendo de ver as verdadeiras jóias preservadas na Úmbria.É preciso saber que há mais de cem mil igrejas na Itália, quase todas merecedoras de uma visita, seja por seu aspecto arquitetônico, seja pelas obras de arte em seu interior. Mosaicos bizantinos, afrescos renascentistas,crucifixos de madeira policromada, assinados por grandes artistas ou por artistas incógnitos, tudo vale uma viagem.