Esta segunda-feira promete ser um dia intenso para quem quiser comprar passagens de ônibus. É que a partir desta terça-feira (11) o valor da tarifa de ônibus subirá R$ 0,15, passando de R$ 2,70 para R$ 2,85. Assim, quem quiser comprar a passagem por R$ 2,70 deverá encarar filas nos pontos de venda de crédito. Com o valor a R$ 2,85, Curitiba passa a ser a capital a com quarta maior tarifa, atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre, se igualando a Belo Horizonte. Com a passagem em R$ 2,70, a tarifa curitibana era a sétima mais cara entre as capitais.

As passagens mais baratas entre as capitais de estados brasileiros se encontram no Nordeste. Teresina, capital do Piauí, por exemplo, tem passagem custando R$ 2,10, mesmo valor de São Luiz, do Maranhão. Recife (PE) tem tarifa de R$ 2,15, e João Pessoa (PB) e Natal (RN) cobram R$ 2,20. A maior tarifa em uma capital nordestina é Salvador, R$ 2,80. Macapá, capital do Amapá, também tem tarifa de R$ 2,10.

O reajuste da Rede Integrada de Transporte (RIT) foi anunciada na sexta-feira passada, mas desde o começo da semana já era esperada. Na segunda-feira, o prefeito Gustavo Fruet já havia adiantado que era inevitável uma recomposição da tarifa para o usuário.

A tarifa de ônibus está congelada há um ano e quatro meses — desde julho do ano passado, quando foi reduzida de R$ 2,85 para R$ 2,70. Nesse período, a Prefeitura de Curitiba vem destinando R$ 4,5 milhões por mês e o Estado cerca de R$ 7,5 milhões/mês para cobrir a diferença entre o valor pago pelo usuário (R$ 2,70) e a chamada tarifa técnica (R$ 3,18), que corresponde ao custo real do transporte e é o valor repassado às empresas de ônibus.

Fizemos todo o esforço possível e conseguimos manter o valor de R$ 2,70 por mais de um ano e quatro meses, mas não é mais possível bancar o subsídio sem comprometer outras áreas essenciais da administração pública, explica o presidente da Urbs, Roberto Gregório da Silva Junior.

A tarifa domingueira segue inalterada, a R$ 1,50. A Linha Turismo passa de R$ 29,00 para R$ 30,00 e a Circular Centro de R$ 1,70 para R$ 1,80. No total, em torno de 620 mil passagens por dia são pagas com crédito transporte e, desse total 80% (535 mil) são passagens de vale transporte, quando os créditos são comprados pelas empresas.

Fevereiro — URBS e Comec definiram ainda que a partir de fevereiro de 2015, a tarifa do usuário volta a ser corrigida anualmente, levando em consideração o impacto do reajuste da folha de pagamento de motoristas e cobradores (que hoje representa 47% da tarifa), variação do óleo diesel e outros insumos. O salário de motoristas e cobradores teve reajuste de 10,5% em 2013 e de 10,5% em fevereiro deste ano.